TEATRO DE RUA: NESTA TERÇA NA CORONEL SALLES |
Nesta terça-feira (14) às 15h00, a Praça Coronel Salles de São Carlos sedia o espetáculo gratuito: “A mulher que comeu o mundo” que será realizado pela companhia Usina do Trabalho do Ator de Porto Alegre. Este espetáculo faz parte da Mostra SESC de Teatro de Rua que vai de hoje (14) até o dia 19 (domingo). Veja programação completa aqui.
O Núcleo de Investigação Usina do Trabalho do Ator existe desde 1992 e seu processo de trabalho criativo e técnico tem como figura central o ofício do ator e sua linguagem. Esse processo pode ser visto nas demonstrações do grupo e em seus espetáculos, que apresentam o ator como figura central na celebração coletiva teatral. Espetáculos como “Klaxon”, de 1994, “O marinheiro da Baveira”, de 1996 e “Nos meses da corticeira florir”, de 2001, sinalizam essa tendência em que o público se vê diante de um intérprete rodeado de poucos elementos e em busca de uma relação direta com o público. Essa mesma preocupação aparece em trabalhos que brincam com o espaço cênico, utilizando ou não locais abertos ou a rua como cenário. É o caso dos espetáculos que formam a Trilogia mascarada: “O ronco do bugiu”, de 1996, “Múndeu - o segredo da noite”, de 1998, e “A mulher que comeu o mundo”, de 2006. São encenações que utilizam o recurso da máscara como maneira de estabelecer outra forma de comunicação entre público e atores. Enredo Numa pequena cidade, um célebre e rico ladrão, pai de uma moça gorda, morre. Ela era filha única, vivia isolada do mundo e, sem o pai, nada sabia fazer. Tamanha é a dor em seu coração que a moça esfarela o pai e o come, para tê-lo para sempre consigo. E não sabendo mais o que comer, sai e pede aos vizinhos que, ao perceberem que a mulher não conhece o valor do dinheiro e está disposta a trocar toda a fortuna herdada por comida, bajulam-na em troca de suas riquezas. Tentando saciar seu apetite insaciável, a gorda inicia sua busca infindável por comida. Eis o mote desse espetáculo que brinca com a metáfora da ganância desmedida e da busca desenfreada pelo poder, revelando a ridícula condição humana de querer a permanência e a posse das coisas por meio de lutas e dominação. Para contar essa história, a Usina do Trabalho do Ator realiza uma obra que privilegia a linguagem gestual, a narrativa através da música cantada e a pontuação através da percussão realizada por instrumentos musicais incorporados aos figurinos. O espetáculo tem financiamento do Fumproarte e patrocínio da Petrobras. Elenco Celina Alcântara, Ciça Reckziegel, Lívia Dávalos (substituindo Dedy Ricardo), Gilberto Icle, Gisela Habeyche, Thiago Pirajira Figurino e Adereços: Chico Machado Música: Flávio Oliveira Preparação Vocal: Marlene Goidanich Contra-regra: Shirley Rosário Direção: Gilberto Icle Produção: Anna Fuão Fotos: Myra Gonçalves Duração: 50 minutos Classificação: Livre (13/09/2010) |