AGENTES DE COMBATE A ENDEMIAS SERÃO CAPACITADOS PARA ORIENTAR POPULAÇÃO SOBRE PICADA DE ESCORPIÃO |
As equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACE) da Secretaria Municipal de Saúde vão participar de capacitação durante a Semana Estadual de Enfrentamento ao Escorpionismo/Escorpião que acontece de 26 a 30 de agosto de 2024.
O objetivo da Semana Estadual, realizada pela Secretaria de Estado da Saúde desde 2022, é atualizar as informações dos profissionais no trabalho de orientação sobre medidas preventivas, intensificar a comunicação social para prevenir a ocorrência do envenenamento pela picada do escorpião (escorpionismo), bem como alertar pais e responsáveis sobre a importância do correto e rápido socorro às crianças vítimas do acidente.
A Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias promoverá também ações educativas na Praça do Mercado Municipal na terça-feira (27/8) e no Terminal Rodoviário na sexta-feira (30/8), onde os agentes estarão orientando e distribuindo panfletos informativos.
Os Agentes de Combate às Endemias já atuam, rotineiramente, identificando situações favoráveis ao aracnídeo e esclarecendo os munícipes sobre cuidados e medidas preventivas em suas residências, em estabelecimentos comerciais e equipamentos públicos.
“Os agentes são multiplicadores das informações para controle e prevenção do escorpião/escorpinonismo”, lembrou a médica veterinária, Luciana Marchetti, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias.
De janeiro a julho de 2024 foram notificados 33 acidentes de escorpionismo, encontrados 126 animais e abordados 317 imóveis, sendo que em 238 as equipes tiveram autorização para trabalhar, outros 43 estavam fechados, 16 recusados e 20 imóveis desabilitados.
O aparecimento ou encontro de escorpião deve ser informado à Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias pessoalmente ou através de telefone, onde o munícipe receberá orientações sobre as medidas preventivas e esclarecimentos que forem necessários em cada situação.
Os escorpiões são aracnídeos peçonhentos que injetam veneno por um ferrão na ponta da cauda, e não atacam pessoas, porém picam quando são comprimidos contra alguma parte do corpo, de forma intencional ou acidental.
A proliferação dos escorpiões acontece nos períodos mais quentes e chuvosos, porém sua infestação é observada durante todo o ano.
É comum se esconderem próximo às residências, terrenos baldios com entulhos, embaixo de materiais de construção como madeiras, telhas, tijolos e pedras e também em lixo, folhas e galhos no solo.
Nas residências, são comuns em saídas de esgoto, ralos e caixas de inspeção (esgoto, gordura ou fiação). Procuram lugares escuros e úmidos e se alimentam principalmente de baratas, que devem ser combatidas.
“As crianças com até 10 anos de idade são consideradas grupo de risco por apresentarem sinais de agravamento mais frequentemente, sendo mais vulneráveis às complicações que podem levar ao óbito. Portanto, em caso de picada de escorpião, as crianças devem ser conduzidas, o mais breve possível, ao Ponto Estratégico de Soros Antivenenos (PESA) que em São Carlos fica na Santa Casa”, esclarece a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Denise Martins.
Entre as principais medidas preventivas estão ações como verificar cuidadosamente calçados, roupas, toalhas e roupas de cama antes de usar; limpar periodicamente ralos de banheiro e cozinha e caixas de gordura, mantendo-os fechados; usar tela nas aberturas dos ralos, pias e tanques; manter camas e berços afastados, no mínimo, 10 cm da parede; evitar que roupas de cama e mosquiteiros de bebês toquem no chão; tomar cuidado com frestas nas paredes, teto, chão, móveis, rodapés e portas, rebocando ou calafetando sempre que houver vãos que podem servir de esconderijo para escorpiões; vedar soleiras de portas com rolos de areia, rodinhos ou tiras de borracha; telar aberturas de ventilação de porões; verificar se as telas de portas e janelas se encaixam corretamente na esquadria e mantê-las em boas condições e sem rasgos; manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados; acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos resistentes e bem fechados e colocar para coleta nos dias e horários estabelecidos.
Fora da residência é importante manter os quintais limpos, removendo todo o lixo, tábuas, pedras, tijolos e outros objetos em um raio de aproximadamente dois metros ao redor do domicílio; varrer constantemente a área ao redor do domicilio, retirando as folhas secas, gravetos e objetos que possam servir de abrigo para os escorpiões; remover e ou mudar periodicamente, materiais de construção e outros objetos armazenados, que sirvam de esconderijo para os escorpiões, evitando acúmulo; proteger as mãos com luvas grossas (raspa de couro ou vaqueta), na realização deste trabalho.
Com relação ao controle químico por meio do uso de praguicidas, é importante ter conhecimento sobre os hábitos do escorpião e compreender que a desinsetização não é eficaz, principalmente se realizada de forma isolada, sem a adoção das medidas de manejo ambiental e barreiras físicas.
O hábito de se abrigarem em frestas de paredes, embaixo de caixas, papelões, pilhas de tijolos, telhas, madeiras, em fendas e rachaduras do solo, esgoto, bueiros, juntamente com sua capacidade de permanecer meses sem se movimentar, torna o tratamento químico ineficaz.
Os inseticidas podem fazer com que os escorpiões sejam desalojados de seus esconderijos, aumentando o risco de acidente e caso necessite exterminar um escorpião, utilize ação mecânica com calçado ou pancada, sempre tomando o cuidado de manter distância entre sua mão e o animal. Caso ele agarre o objeto que está utilizando despreze-o e nunca tente chacoalhar ou tirar o escorpião com a mão; guarde o escorpião em frasco plástico com tampa de rosca, e entregue à Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias para identificação pelos técnicos competentes.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: 3307-7405, da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, localizada na Rua Conde do Pinhal, nº 2161, no Centro.
(23/08/2024)
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