SANTA CASA APRESENTA NOVO PLANO DE ENFRENTAMENTO PARA COVID-19 EM SÃO CARLOS |
Serão colocados em operação 20 leitos de cuidados intermediários. O custeio dos leitos ficará por conta da Prefeitura de São Carlos em parceria com o Governo do Estado
O provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior; o infectologista e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim; o presidente da Câmara Municipal, vereador Roselei Françoso, o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, Lucão Fernandes; o Secretário Municipal de Saúde, Marcos Palermo; e a diretora técnica de Serviço de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pelo Departamento Regional de Saúde (DRS III), Sônia Regina Souza Silva, estiveram em reunião no Auditório da Santa Casa nesta segunda-feira (8/3). Na ocasião, foram definidas estratégias para o enfrentamento da COVID-19 em São Carlos.
UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS - No dia 15/3, entra em operação a Unidade de Cuidados Intermediários da Santa Casa. Serão 20 leitos para atender pacientes em situação clínica estável, mas que necessitem de reabilitação e/ou adaptação a sequelas decorrentes da COVID-19.
"Além de oferecer um tratamento mais humanizado, o nosso objetivo é aumentar a rotatividade dos leitos. A média de permanência de um paciente na UTI COVID, por exemplo, tem sido de 18 dias. Ao criar essa nova unidade, poderemos encaminhar o paciente que já completou o tempo necessário de isolamento por COVID-19 e que apresenta um quadro estável, mas que precisa de reabilitação. Dessa forma, liberaremos os leitos de UTI mais rapidamente e poderemos atender mais pessoas", explica o infectologista e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim. Para se ter uma ideia da necessidade urgente de rotatividade dos leitos de UTI COVID, no dia 8/3, havia, em todo o Estado de São Paulo, 1.100 pacientes aguardando por leitos de UTI COVID. No Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III), foram feitas 44 solicitações.
Para montar esses 20 novos leitos, vão ser necessários 2 aparelhos de Raio-X (custeados pela Câmara de Vereadores), além de respiradores já disponíveis. Além disso, para dar assistência aos pacientes, será necessário compor uma nova equipe com a contratação de médicos, 7 enfermeiros, 22 técnicos de enfermagem, 6 fisioterapeutas e 1 fonoaudiólogo. Para colocar essa estrutura em funcionamento, o custeio será dividido entre os governos municipal e estadual.
O Estado entrará com o valor oficial de R$ 849.600,00 e a Prefeitura de São Carlos, com recursos próprios, complementará o valor com R$ 950.400,00 para o custeio durante 3 meses dos 20 leitos intermediários.
"Os leitos intermediários vão ajudar na liberação das vagas na UTI mais rapidamente e, no momento é isso que precisamos. Nos novos leitos, vão ficar pacientes que já saíram do estado grave, mas que ainda necessitam de um suporte maior e que ainda não podem ir diretamente para a enfermaria. Estamos trabalhando juntamente com os hospitais e com os prefeitos dos municípios da região chamada de "coração" para ofertar e melhorar o atendimento aos pacientes com COVID-19", garantiu o vice-prefeito de São Carlos, Edson Ferraz.
"A nossa principal missão é salvar vidas e, para isso, precisamos aumentar a oferta de leitos neste momento. Estamos trabalhando para que ninguém fique sem atendimento, mas também precisamos da colaboração de toda a população. O ideal é que as pessoas se cuidem, cumpram os protocolos sanitários como uso de máscaras, higienização das mãos, uso de álcool em gel e, principalmente, se puder fique em casa e não promova aglomerações. Quem já tem direito deve tomar a vacina. Somente desta forma vamos vencer os vírus", avalia o prefeito Airton Garcia.
(10-03-2021)
De acordo com o secretário de Saúde, Marcos Palermo, esses leitos não vêm para substituir os cuidados de terapia intensiva. "Pelo contrário, eles vão estabilizar o paciente. Eles vêm de uma maneira complementar e não substitutiva. É uma oferta a mais, além dos leitos de UTI habilitados".
CIRURGIAS ELETIVAS SUSPENSAS - Com o agravamento da pandemia e, consequentemente, com o aumento expressivo de casos e internações, para evitar o desabastecimento de materiais e medicamentos anestésicos, o agendamento de novas cirurgias eletivas foi suspenso nesta segunda-feira (8/3).
As cirurgias já agendadas foram mantidas. Também vão continuar sendo realizadas as cirurgias oncológicas, cardíacas e as de urgência e emergência. As consultas dos ambulatórios não essenciais também vão deixar de ser realizadas. E os profissionais de saúde serão remanejados para a nova Unidade de Cuidados Intermediários.
"Estamos trabalhando para não deixar nenhum paciente sem assistência. Sabemos que, em muitos casos, as cirurgias eletivas não podem esperar. O nosso comitê interno vai analisar caso a caso. Mas neste momento, precisamos suspender as cirurgias que podem aguardar mais um pouco, para que os casos urgentes sejam atendidos", explica o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.
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