SEMINÁRIO SOBRE ALZHEIMER DISCUTE AÇÕES PARA PACIENTES E CUIDADORES PDF Imprimir E-mail

No último sábado (14/9) foi realizado no Paço Municipal o “I Seminário de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer”. O evento, coordenado pela Associação Brasileira de Alzheimer Sub-regional São Carlos (ABRAz), faz parte da programação do “Mês Municipal para Conscientização e Apoio aos Portadores das Doenças de Alzheimer e outras Demências”, lei instituída pelo vereador Marquinho Amaral.

 

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível, caracterizada por alterações cognitivas e comportamentais. Como sintoma inicial observa-se o declínio da memória, sobretudo para fatos recentes e desorientação espacial. As manifestações da doença ocorrem de maneira insidiosa, com piora lentamente progressiva.

 

Com a evolução do quadro, surgem alterações de linguagem, distúrbios de planejamento e prejuízos em outras funções cognitivas, tais como, julgamento, cálculo, raciocínio abstrato e habilidades visuoespaciais. Alterações no comportamento ou na personalidade também são observadas como agitação, irritação, apatia, desinteresse, isolamento social, desinibição e agressividade.

 

“O trabalho de conscientização da ABRAz é bastante efetivo e resolvemos propor a Lei para ampliar a informações sobre a doença. Acredito que estamos colaborando na conscientização das pessoas, principalmente, ao propor ações de como ajudar quem cuida dos doentes”, disse o vereador Marquinho Amaral que participou da abertura oficial do Seminário. 

 

Durante toda a manhã foram discutidos temas como a vivência cotidiana do Alzheimer, os aspectos psiquiátricos, a sobrecarga do cuidador e o aumento da doença de Alzheimer no Brasil e no mundo. Dados da Associação Internacional de Alzheimer mostram que hoje 50 milhões de pessoas no mundo vivem com algum tipo de demência, sendo a maior parte diagnosticada com Alzheimer.

 

“A pessoa que cuida precisa primeiro de informações sobre a doença, precisa saber o que esperar do quadro clínico, ela também precisa de ajuda e de suporte porque o desgaste é grande e a demanda aumenta quando o paciente passa apresentar alterações comportamentais, por isso o nosso foco não é só o paciente, mas o cuidador também”, explicaAna Cláudia Trombella Barros, terapeuta ocupacional, coordenadora da ABRAz, lembrando que a questão emocional do cuidador fica muito fragilizada já que ele está vendo a deterioração de um ente querido.

 

A questão do diagnóstico também foi outro assunto muito discutido porque é muito comum que os sintomas iniciais do Alzheimer se confundam com o processo de envelhecimento, o que tende a adiar a busca por orientação profissional. Recomenda-se que, diante dos primeiros sinais, a pessoa já deva procurar os serviços de saúde para obter o diagnóstico. Na prática, o diagnóstico é clínico – uma avaliação feita por um médico que definirá qual a principal hipótese para a causa da demência.

 

Os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos foram abordados, além da estimulação social, estimulação física, organização do ambiente e os resultados esperados com os tratamentos.

 

Também palestraram durante o “I Seminário de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer”:Dr. Gustavo M. Munno, médico Clínico Geral; Dr. Pietro De Santis, médico Psicogeriatra; Profa. Dra. Aline Gratão, DGero/UFSCar e Dr. Paulo César Scanavez, Juiz de Direito de São Carlos. O grupo de dança do Centro de Referência do Idoso “Vera Lúcia Pilla” fez uma apresentação especial durante o evento.

 

A ABRAz realiza sempre na terceira terça-feira do mês, a partir das 19h15, no auditório da Provedoria da Santa Casa, reuniões abertas ao público para orientação sobre a doença.  Outras informações também podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. .

 

(16/09/2019)

 

 
 

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