SÃO CARLOS DISCUTE AÇÕES DE PREVENÇÃO CONTRA A SÍFILIS CONGÊNITA PDF Imprimir E-mail

Tendo como público alvo profissionais de Saúde, médicos e enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde acontece no dia 27 de abril, às 10h, no auditório da Santa Casa de São Carlos, dentro das atividades da 2ª Semana Paulista de Mobilização contra Sífilis, a palestra com o tema “Sífilis Congênita: juntos poderemos mudar esta realidade” que será ministrada pela Prof.ª Dr.ª Sigrid Sousa dos Santos, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

 

No ano passado, a Comissão Intergestora Bipartite de São Paulo instituiu a "Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis" que acontece toda última semana do mês de abril, com o objetivo de conferir maior visibilidade à doença e, em especial, somar esforços de gestores e trabalhadores do SUS-SP para a eliminação da sífilis congênita e no controle da sífilis adquirida.

 

Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental. A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto.

 

Sífilis congênita- É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.

 

A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal. Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.

 

Em São Carlos segundo dados Vigilância Epidemiológica (VIGEP), foram registrados 28 casos de sífilis congênita no ano de 2015 e outros 24 em 2016. A taxa de incidência de sífilis congênita em 2016 foi de 7.75 por mil nascidos vivos residentes em São Carlos.

 

Embora a sífilis congênita seja um agravo em eliminação, o número de casos continua crescendo no país. Em 2015, no Brasil, foram notificados 19.228 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade, sendo 43% residentes na região Sudeste. No estado de São Paulo, no mesmo ano, foram notificados 3.437 casos, que correspondeu a uma taxa de incidência de 5,4 casos por mil nascidos vivos.

 

As ações para eliminação da sífilis congênita encontram-se na atenção básica, na prevenção da sífilis em mulheres em idade fértil, em gestantes e nos parceiros sexuais, através de diagnóstico precoce, tratamento oportuno e adequado.

 

 

(25/04/2017)

 
 

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