SÃO CARLOS DISCUTE AÇÕES DE PREVENÇÃO CONTRA A SÍFILIS CONGÊNITA |
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No ano passado, a Comissão Intergestora Bipartite de São Paulo instituiu a "Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis" que acontece toda última semana do mês de abril, com o objetivo de conferir maior visibilidade à doença e, em especial, somar esforços de gestores e trabalhadores do SUS-SP para a eliminação da sífilis congênita e no controle da sífilis adquirida.
Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental. A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto.
Sífilis congênita- É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal. Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.
Em São Carlos segundo dados Vigilância Epidemiológica (VIGEP), foram registrados 28 casos de sífilis congênita no ano de 2015 e outros 24 em 2016. A taxa de incidência de sífilis congênita em 2016 foi de 7.75 por mil nascidos vivos residentes em São Carlos.
Embora a sífilis congênita seja um agravo em eliminação, o número de casos continua crescendo no país. Em 2015, no Brasil, foram notificados 19.228 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade, sendo 43% residentes na região Sudeste. No estado de São Paulo, no mesmo ano, foram notificados 3.437 casos, que correspondeu a uma taxa de incidência de 5,4 casos por mil nascidos vivos.
As ações para eliminação da sífilis congênita encontram-se na atenção básica, na prevenção da sífilis em mulheres em idade fértil, em gestantes e nos parceiros sexuais, através de diagnóstico precoce, tratamento oportuno e adequado.
(25/04/2017) |