RECUPERAÇÃO DA CHAMINÉ COMEÇA COM IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE PDF Imprimir E-mail

altFuncionários da Secretaria de Obras Públicas iniciaram, na manhã desta terça-feira (10), o trabalho de impermeabilização da base da chaminé, remanescente da fábrica de cola e adubo Facchina, localizada às margens do Córrego do Gregório, no centro de São Carlos.

 

O Secretário de Obras, Márcio Marino, explicou que a ação propõe a aplicação de um produto à base de silicone que impermeabilizará a parte de baixo da construção. “É um procedimento paleativo, que vai conter a erosão. O produto irá proteger os tijolos da água e do vento. Esse procedimento vai melhorar as condições da chaminé, até que a prefeitura contrate uma empresa especializada para a restauração completa do local”, disse Márcio.

 

No dia 24 de agosto foi realizada uma vistoria no local, procedimento habitual realizado pela Defesa Civil dentro da área urbana. A partir dessa visita foi elaborado um laudo indicando problemas na cumieira (ponta da chaminé), com início de colapso causado pelo vento, chuva e raios. Foram indicadas três rachaduras no meio da chaminé, assim como uma erosão na base do lado noroeste. Pedro Caballero, coordenador da Defesa Civil de São Carlos, explicou que, como primeira providência, o local foi interditado em 10 metros de diâmetro a partir da chaminé. “Continuamos observando e se for necessário vamos aumentar a área de interdição”, disse Caballero.

 

Tratando-se de um patrimônio do município de 34,65m, a restauração será orientada e fiscalizada pela Fundação Pró-Memória de São Carlos.  Segundo Cláudia Regina Danella, diretora do Departamento de Patrimônio, a Fundação deverá analisar o projeto de restauração e acompanhar as obras. “Nosso cuidado será o de manter o patrimônio sem descaracterizá-lo. Estamos cuidando de uma edificação de 1914, que foi preservada como um marco do início da industrialização na cidade”, comentou.

 

O monumento ainda faz homenagem ao trabalho e contribuição dos imigrantes para a cidade, uma vez que a fábrica foi montada pelo italiano Carlos Facchina, em parceria com os Giometti, famílias que chegaram à cidade na expansão econômica cafeeira do final do século XIX e começo do século XX. A fábrica ainda tem estreita relação com a ocupação dos bairros da região, como Vila Marcelino e Vila Monteiro, uma vez que muitas aberturas de ruas e loteamentos foram estimuladas por sua presença. Desativada nos anos 1960, a Facchina esteve fechada por muitos anos e entrou em estado de abandono.

 

A chaminé é um remanescente preservado dentro das obras de regularização e melhoria da área onde está localizada, dando origem ao Parque da Chaminé Empresário Carlos Facchina, inaugurado em 2008, mediante a Lei 14.578/2008.

 

(10/09/2013)

 

 

 

 
 

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