FALTAM MEDICAMENTOS NO ESTOQUE DA DIVISÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA |
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Os vereadores puderam constatar que além dos estoques baixíssimos de alguns medicamentos, outros remédios estão totalmente em falta. A Secretaria de Saúde estima que o déficit chegue a 60% do estoque. Entre os principais medicamentos em falta estão os para diabetes, colesterol e hipertensão.
A Secretaria Municipal de Saúde trabalha com 260 apresentações farmacêuticas. Destas 190 são da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) e 70 do programa Dose Certa. Os medicamentos encaminhados pelo Dose Certa não estão em falta.
Segundo funcionários da Divisão de Assistência Farmacêutica desde junho do ano passado somente eram comprados 10% do total solicitado e a maioria das requisições encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde voltavam sem que as medicações fossem adquiridas e sem nenhuma justificativa.
“O que podemos perceber também é que muitos pregões perdiam a validade, o prazo, e os medicamentos não eram comprados. Portanto essa situação crítica não é de hoje. Começamos a receber reclamação da falta de insulina e fomos verificar e descobrimos que muitos outros medicamentos básicos da rede estavam em falta, inclusive o ácido acetilsalicílico”, explicou o secretário de Saúde, Edilson Abrantes.
O secretário de Saúde disse, ainda, que o certo seria que a administração anterior tivesse deixado um estoque mínimo para 3 meses. “Tempo hábil para que pudéssemos fazer todas as licitações necessárias. Agora vamos ter que fazer uma compra emergencial para que a população não fique sem medicação. O prefeito Paulo Altomani nos solicitou o máximo de empenho para que essa situação seja regularizada rapidamente. Acreditamos que entre 30 e 40 dias tudo volte ao normal”, ressaltou.
Questionado se essas informações não teriam sido passadas durante o governo de transição, o secretário de Saúde disse que na reunião que ele participou juntamente com o vice-prefeito Cláudio Di Salvo, na época como colaborador, nada foi falado. “Conversamos sobre médicos, escala, medicamentos, enfim toda a parte estrutural e nos informaram que estava tudo certo”.
O vereador Maurício Ortega, um dos vereadores que esteve visitando o almoxarifado da saúde, ficou assustado com que viu. “É um problema sério, a câmara fria, onde deveriam estar estocadas as insulinas, está vazia e outros medicamentos de uso contínuo também terminaram. Cabe a nós comunicarmos à população disso e ajudarmos a resolver esse problema”.
Para o secretário de Planejamento e Gestão, Júlio César Pereira de Souza, a situação é lamentável e preocupante. “O que percebemos é que essa situação se arrasta desde a metade do ano passado, nós vimos pedidos de solicitação de compra de medicamentos encaminhados aqui pela Divisão à Secretaria de Saúde que nunca foram respondidos, muito menos, realizada a aquisição dos produtos.
Os pedidos não atendidos eram desde coisas básicas, como por exemplo, esparadrapo, bem como, de insulina, numa total falta de critério e respeito com a população. A situação é crítica, mas estamos por determinação do prefeito trabalhando dia e noite para que a resolução do problema. A cidade não merece passar por isso”, declarou o secretário.
No final da tarde o Governo do Estado encaminhou a insulina regular e a NHP. Mensalmente são usadas 2 mil doses do medicamento pela rede de saúde de São Carlos. 2.400 pacotes de fraldas descartáveis geriátricas, que estavam em falta, também já chegaram.
(17/01/2013) |