ESTÉTICA AFRO-URBANA É TEMA DE MESA REDONDA NO CENTRO DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA NESTE SÁBADO
ESTÉTICA AFRO-URBANA É TEMA DE MESA REDONDA NO CENTRO DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA NESTE SÁBADO PDF Imprimir E-mail

Neste sábado (21), das15h às 18h, no Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira Odette dos Santos, localizado na rua rua Dona Alexandrina, 844, no centro (esq. com 13 de maio), acontece a ação educativa de encerramento da instalação “É nóis na fita: provérbios africanos” de Alexandre Araújo Bispo. A mesa redonda intitulada “Estética afro-urbana: da vestimenta ao grafite” tem por objetivo cruzar os universos da matriz africana com a cultura de rua, assim como com a questão da identidade afro-descendente visível em vestimentas, modos de andar, falar, agir, se relacionar e se expressar no âmbito das cidades.

 

Os convidados da mesa serão José Nabor Júnior, jornalista e Editor da Revista OMENELICK 2 Ato Afro-brasilidades e Afins, Tenka Dara, estilista e dona da Grife BAOBÁ, Slim Ats Crew, grafiteiro e artista visual do coletivo Ats Graffitishop e a mediação será feita pela chefe da Divisão de Artes Visuais da Prefeitura de São Carlos, Lívia Dotto Martucci.

 

Segundo Nabor, a instalação “É nóis na fita: provérbios afro-brasileiros” tem influências da urbanidade negra, pois “ao chamar atenção para os provérbios reunidos por Mãe Stella, a mostra resgata a importância da oralidade nas comunidades de terreiros de candomblé. Ora, a fala, a oralidade é a principal ferramenta da música rap, gênero onde a letra se sobrepõe a canção propriamente dita, o que estimula a reflexão entre seus ouvintes e, tal qual a exposição, é um agente capaz de auxiliar na produção de uma sociedade mais justa e igualitária, que reconheça as diferenças e promova a igualdade ou, que no mínimo, desperte a consciência política de seus observadores.”

 

Já Tenka Dara, com o sentimento e vivência em relação ao papel da identidade estética da vestimenta para a comunidade afro-brasileira, remete-se a uma arvore milenar africana que simboliza o conhecimento ancestral, o baobá, para criar a sua marca no que ela diz ser um “estilismo casual”. Utilizando a capulana, tecido estampado com padrões africanos, como matéria prima para a criação das roupas e acessórios de sua marca, resgata o pano tradicional usado por mulheres de diferentes países da África há muitas gerações, sendo as suas cores vibrantes trazidas para um contexto urbano, quebram a rotina do preto e branco que a maioria das cidades se demonstra.

 

Para o contraponto, Slim, grafiteiro ativo em São Carlos, fará uma apresentação de suas obras inseridas na cidade e ressaltará o papel do hip hop na construção da estética afro-urbana, relacionando sua produção com a vestimenta, com a cidade e com os próprios atores desse processo.


Fotos: Divulgação

(20/07/2012)


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