Radar Eletrônico
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Prefeitura mantém placas que sinalizam radar eletrônico

A Prefeitura de São Carlos, via secretaria de Transporte e Trânsito, anunciou nesta terça-feira (3) que não irá retirar as placas de sinalização que indicam operação de radar nas vias da cidade.

Conforme a resolução 396, de 13 de dezembro de 2011, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revogou a obrigatoriedade de placas sinalizando a presença de equipamentos eletrônicos de fiscalização de velocidade, tanto móvel quanto fixa. Pelas novas regras, o poder público fica obrigado a sinalizar apenas a velocidade da via. Ao motorista cabe respeitar o limite fixado.

Segundo a diretora de Transporte e Trânsito da Prefeitura, Regina Romão, é importante priorizar a segurança, e não o radar. “Não temos a intenção de multar, e sim de educar os motoristas e pedestres. Realizamos constantemente ações que estimulam a preservação da vida e a prática da direção defensiva para que todos obedeçam às regras de trânsito”, destaca Regina. As placas que indicam fiscalização nas ruas de São Carlos serão mantidas, pois essa é mais uma forma de educar os motoristas.

Para a Prefeitura de São Carlos, a única maneira de reduzir acidentes é a conscientização dos motoristas e pedestres. Por isso, uma série de campanhas educativas foi realizada, entre elas a que buscou conscientizar os motociclistas, pais que transportam filhos sem cadeirinha nos automóveis e os riscos de beber e dirigir. Ainda no primeiro semestre deste ano, a Prefeitura deve lançar uma campanha com o objetivo de conscientizar os pedestres, principais vítimas dos acidentes de trânsito.

O resultado das campanhas educativas realizadas nos últimos 3 anos é positivo. As multas por falta de cinto de segurança caíram de 17 para 13,2% de 2010 para 2011, de estacionamento irregular de 14,6% para 11,4% e de uso de celular ao volante de 11% para 10,34%.

O número negativo, no entanto, é exatamente por excesso de velocidade. De 2010 para 2011, houve um aumento de 84,5% nas autuações por radar, feitas exclusivamente pela fiscalização eletrônica. Neste mesmo período, o número de radares se manteve o mesmo, dois equipamentos, e o aumento da frota foi de 7,3%, passando de 127 mil para 136 mil veículos.

A diretora de Transporte e Trânsito explica que dependendo da velocidade, a gravidade do atropelamento aumenta rapidamente podendo ser fatal. “Para o pedestre atropelado, o risco de morte gira em torno de 30% quando a velocidade é de 40 km/h, porém cresce 85% se a velocidade de impacto for de 60km/h. Aos 80 km/h a morte é praticamente certa”, diz Regina.

(04/01/2012)

 



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