A arquiteta Sandra Regina Mota Silva encerrou, na noite de quarta-feira (14), o ciclo de seminários denominado “As Matas de São Carlos e Região e Nós”, que aconteceu de outubro a dezembro, no auditório Bento Prado, no Paço Municipal.

Os seminários foram promovidos pela Coordenadoria do Meio Ambiente da Prefeitura de São Carlos e o curso de bacharelado em Gestão e Análise Ambiental da Universidade Federal de São Carlos.

Os seminários objetivaram o apoio à definição de diretrizes para conservação das matas da região de São Carlos subsidiando o desenvolvimento de políticas públicas ambientais e as atuais discussões da Revisão do Plano Diretor Municipal, ressaltando a importância do envolvimento de gestores públicos e ambientais. “Nesse ano comemoramos o ano internacional das florestas e nada mais justo que apresentarmos à sociedade em que situação se encontra a cobertura de áreas verdes em São Carlos e região”, avaliou o coordenador de Meio Ambiente, Paulo Mancini.

“Nos encontros pudemos ampliar os debates sobre as alterações no Código Florestal, os pontos relevantes e os conflitantes, os princípios constitucionais  sobre a conservação das florestas, do meio ambiente e da qualidade de vida”, relatou Mancini. O novo Código Florestal é objeto de discussões entre Câmara e Senado. O texto, que traça os limites entre a preservação de vegetação nativa e as diversas atividades econômicas, tanto no campo quanto nas cidades, volta agora à Câmara dos Deputados, que deve deliberar sobre a matéria no próximo ano.

Plano Diretor Regional – Durante a apresentação, Sandra abordou os aspectos ambientais do Plano Diretor. “Os administradores públicos precisam ter atenção quanto à cobertura vegetal nativa dos municípios”, recomendou.

Na opinião da arquiteta, a preservação da cobertura vegetal necessita de mobilização regional. Ela citou o exemplo de São Carlos. A região do Ribeirão Feijão, manancial responsável pelo abastecimento de água da cidade, faz divisa com Itirapina. O rio Quilombo está localizado entre São Carlos e Descalvado e o rio Jacaré divisa o município com Brotas e Ribeirão Bonito. Ela defendeu a elaboração de um Plano Diretor Regional, que amplie o debate sobre a preservação dos rios entre essas cidades.

(15/12/2011)

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