“RIGOR NA REGULAÇÃO SANITÁRIA NÃO DEVE IMPEDIR A INOVAÇÃO”, DIZ BARBANO |
Refletir quais são os caminhos para que as indústrias trabalhem num ambiente regulatório em benefício da sociedade sem prejudicar seus interesses econômicos. Esse foi um dos objetivos do 4º Café Biotec Farma 2011, evento promovido nesta quarta-feira (30), pela Interfarma e Biominas em parceria com o Instituto Inova (gestor do Parque Eco Tecnológico Damha) e Prefeitura de São Carlos.
Realizado no Parque São Miguel, o encontro contou com a presença de empresários e pesquisadores da área da Saúde e autoridades, entre elas o secretário municipal de Ciência e Tecnologia Marcos Martinelli e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Dirceu Barbano.
Em sua quarta edição desde 2010, o Café Biotec Farma tem como principal propósito aproximar agentes das indústrias farmacêuticas e de biotecnologia das instituições de pesquisa. “Nosso papel é criar um ambiente para que empresas e pesquisadores se aproximem, propiciando a inovação e o desenvolvimento de nossas indústrias”, salientou Vera Valente, diretora da Interfarma. Essa aproximação, na opinião do presidente da Biominas, Eduardo Soares, é fundamental tanto para o desenvolvimento das pequenas empresas – que ganham acesso às grandes indústrias – quanto para aumentar a inovação nas empresas de grande porte. “É um mecanismo de complementação entre esses dois lados. Com isso incentivamos o desenvolvimento e a inovação”, definiu Soares. Vocação – Convidado principal do evento, Dirceu Barbano ministrou a palestra “Marcos regulatórios para amparar a inovação no País”. Ao ressaltar a vocação de São Carlos no desenvolvimento de tecnologias para a área da Saúde, o diretor-presidente da Anvisa enfatizou que a capacidade de tirar um produto da academia e levá-lo ao ambiente de produção e do consumo é fundamental para o nascimento das perspectivas inovadoras da indústria brasileira. No entanto, Barbano enfatizou que a Anvisa tem a responsabilidade de manter a rigorosidade do marco de regulação sanitária. “Precisamos estar protegidos de produtos que sejam inseguros, queremos que eles sejam eficazes. Mas esse rigor na regulação sanitária não deve impedir a inovação”, destacou. Parque Eco Tecnológico – Em fase de instalação, o Parque Eco Tecnológico Damha foi citado por Barbano como resultado direto do pioneirismo tecnológico de São Carlos. Segundo a gerente jurídico-administrativo do Instituto Inova, Bruna Boa Sorte, cerca de 40% das empresas que se instalarão no Parque são provenientes da área da Saúde. “O empreendimento também abrigará o Citesc [Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde], que se consolidará como uma grande vitrine para a área de fármacos”, lembrou Bruna. Sobre o Citesc, Marcos Martinelli acrescentou que as universidades e instituições de pesquisa de São Carlos utilizarão o Centro como um local para a transferência de tecnologia, dialogando com toda a cadeia produtiva. “Desenvolver tecnologias que possam resultar em melhores condições de tratamento a preços acessíveis é uma característica de São Carlos, que terá no Citesc o espaço propício para isso”, finalizou o secretário de Ciência e Tecnologia de São Carlos. (01/12/2011) Compartilhe essa informação |