BARBA PREMIA OS VENCEDORES DO PRÊMIO MERCOCIDADES PDF Imprimir E-mail
O prefeito Oswaldo Barba premiou os vencedores do Prêmio Mercocidades. A divulgação dos resultados aconteceu durante reunião do Comciti (Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos), no Auditório do Pavilhão São Carlos Exposhow. Seis finalistas do prêmio concluíram as apresentações aos oito integrantes da comissão julgadora no final da tarde desta quinta-feira (27).

O projeto vencedor foi o que tratou do cultivo em massa de larvas do caranguejo-uçá: uma proposta para repovoamento da espécie visando a manutenção da biodiversidade e geração de renda, do professor da Universidade do Espírito Santo, Luiz Fernando Fernandes.

Fernandes relatou os problemas enfrentados nos manguezais com o perigo iminente de dizimação do caranguejo-uçá em função da proliferação de fungos. Fêmeas ovígeras do caranguejo foram coletadas no manguezal de Vitória (ES) e levadas ao laboratório da universidade até a desova para fins de repovoamento da espécie.

“Os resultados obtidos mostraram que o cultivo em massa de larvas em laboratório pode ser realizado com sucesso, com uma boa taxa de sobrevivência, o que permite realizar o repovoamento da espécie nos manguezais”, detectou a pesquisa de Fernandes. A pesquisa recebeu um prêmio de R$ 10 mil.

O projeto Rehidrologia e Desenvolvimento do Modelo de Simulação em Tempo Real do Sistema de Alerta Hidrológico nas Bacias de Los Arroyos, Argentina, foi o segundo colocado. O projeto foi apresentado por Carlos Scuderi, da Universidade Nacional de Rosário.

De acordo com o pesquisador a população de Grande Rosário, província de Santa Fé, na Argentina, era vulnerável às inundações que aconteciam com frequência. O sistema desenvolvido por pesquisadores da universidade consistiu na projeção de trabalhos estruturais, como o desenvolvimento de um modelo hidrológico e hidráulico, que alertava sobre a possibilidade de enchentes, que atingem a região há 6 anos. “A comunidade foi envolvida no projeto e o sistema proporcionou a detecção, com antecedência, de possíveis enchentes e ações conjuntas para evitar transtornos”, disse. O prêmio do projeto foi de R$ 5 mil.

Embrapa
Wilson Tadeu Lopes da Silva, pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária, foi o terceiro colocado no Prêmio Mercocidades, com o projeto Saneamento Básico na Área Rural. O pesquisador apresentou a tecnologia chamada “Fossa Séptica Biodigestora” e “Clorador Embrapa”, que possibilitou avanços na solução de saneamento básico em áreas afastadas e propriedades rurais.

O Clorador Embrapa possibilita a inserção de cloro na caixa d´água da residência, proporcionando a desinfecção da água para consumo humano. A Fossa Séptica Biodigestora trata do esgoto de vaso sanitário, conhecido tecnicamente como “água negra”, por meio de processo de biodigestão anaeróbia. “Os sistemas podem ser construídos com material encontrado em lojas de materiais de construção e a instalação é bastante simples e acessível”, afirmou o pesquisador durante a apresentação. O efluente tratado pela Fossa Séptica Biodigestora tem sido usado na agricultura como fertilizante com excelentes resultados, fato que possibilita a reciclagem da água e de nutrientes. 

Para o prefeito Oswaldo Barba, os projetos premiados absorveram o espírito da 4ª Mostra, que é a aplicação da ciência e da tecnologia em políticas públicas. “Os projetos desenvolvidos pelas universidades e centros de pesquisa, como a Embrapa, trouxeram benefícios à comunidade. Que esse prêmio sirva de inspiração a novos grupos para que eles desenvolvam ações que transformem a vida de inúmeros cidadãos”, destacou.

Banca examinadora

A comissão julgadora foi formada pelo Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de São Caros, Marcos Alberto Martinelli, a professora associada da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Ana Lúcia Cortegoso, o professor do Departamento de Economia da Unesp de Araraquara-SP, Claudio Cesar de Paiva, o professor do ICMC/USP, Márcio Eduardo Delamaro, o pró-reitor de extensão Universidade Federal do ABC (UFABC), Plínio Zornoff Taboas, o professor da Universidade Federal de São Paulo, Renato Nabas Ventura, o professor da Escola de Engenharia de São Carlos-USP, Rodrigo Eduardo Córdoba, e o professor do Departamento de Administração Pública Unesp-Araraquara, Sergio Azevedo Fonseca.



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