PALESTRANTES DEFENDEM DIÁLOGO ENTRE FAMÍLIAS PARA AFASTAR JOVENS DAS DROGAS |
A Semana Municipal Sobre Drogas prossegue até o próximo domingo (19) com palestras e atividades que discutem e apontam os problemas causados pelo uso de drogas. Na terça-feira (14), no auditório Bento Prado, no Paço Municipal, a vice-presidente da Federação de Amor Exigente, entidade que auxilia no tratamento de dependentes químicos, Mara Silvia Carvalho de Menezes, tratou do papel que a família exerce no tratamento ao uso de entorpecentes. Na opinião dela, o diálogo e o acolhimento do dependente químico nesse momento do tratamento são essenciais para o indivíduo se livrar do vício. Na quarta-feira (15) os encontros aconteceram no auditório da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc). O secretário de Saúde, Arthur Pereira, expôs as ações que o município desenvolve para recuperar os dependentes, em especial sobre a atuação do Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS-AD). Segundo Pereira, nos últimos cinco meses, pelo menos 300 pessoas procuraram pelo atendimento do Centro. “O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, entre eles médico, assistente social, enfermeira, psicóloga e terapeuta ocupacional, que faz acolhimento, atendimento individual, grupal, oficinas terapêuticas, avaliações, visitas domiciliares, se for necessário, atendimento à família, atividades de reinserção familiar e social”, informou o secretário. No mesmo evento participaram o diretor da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas, Maurício Landre e do representante do Conselho Estadual Sobre Drogas/Divisão de Prevenção e Educação e Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), Reinaldo Corrêa. Famílias Durante a explanação, Corrêa defendeu que a união entre as famílias afasta os jovens das drogas. “Hoje falta diálogo entre as famílias e essa falta de carinho isola o adolescente”, acredita. Na opinião do representante do Conselho Estadual Sobre Drogas, os pais precisam se manter atualizados a respeito das drogas que estão no mercado e conversar com os filhos sobre os problemas e os efeitos que o uso de entorpecentes causa aos adolescentes e à estrutura familiar. “É fundamental que os pais conheçam os amigos dos filhos, pois são eles que oferecem a droga e não o traficante”, confia. Corrêa afirmou que o Estado pretende criar a Coordenadoria de Políticas para Drogas, que tem por objetivo criar ações regionalizadas ao tratamento dos dependentes químicos. “Temos que lembrar que além das drogas ilícitas, como maconha, cocaína e crack, existem as drogas lícitas como o álcool e o tabaco que destroem as famílias da mesma maneira”, observou.
(16/06/2011) Compartilhe essa informação |