“SÃO CARLOS É UM LUGAR ONDE ME ACOSTUMEI A JOGAR”, DIZ FALCÃO |
“São Carlos é um lugar onde me acostumei a jogar”, diz Falcão
A seleção brasileira masculina de futsal irá jogar em São Carlos nos dias 9 e 10 de abril. Serão dois amistosos contra a seleção do Uruguai. Será a primeira participação da seleção hexacampeã mundial em solo brasileiro em 2011. Os jogos acontecem no ginásio Milton Olaio Filho, o segundo maior do estado. Esta é a terceira vez que a seleção brasileira de futsal irá atuar em São Carlos. Em 2008, enfrentou a Costa Rica e em 2009, o Irã. Em ambos os amistosos saiu vitoriosa. Melhor jogador de futsal do mundo, Falcão concedeu entrevista exclusiva sobre os jogos em São Carlos, o Mundial da Tailândia e a Olimpíada do Rio 2016: O que você espera dos dois jogos em São Carlos contra o Uruguai? Falcão: Estamos a menos de dois anos do Mundial e todos os jogos que acontecem já nesse ano serão de muita importância para a definição do grupo para o ano que vem. Por isso, há uma grande responsabilidade nestes jogos. Há diferença na escola (no jogo) entre uruguaios, argentinos e paraguaios, nossos maiores rivais na América do Sul? Se o Uruguai fosse um time brasileiro da atual liga nacional de futsal, qual seria? Falcão: A catimba uruguaia é a maior de todas no futsal, diferente da argentina que é a maior no campo. O Uruguai é uma seleção diferenciada, de muita força. Nenhuma equipe se assemelha com o jogo do Uruguai na liga nacional. No futebol de campo se fala que apenas a Holanda historicamente faz um jogo aberto com o Brasil, encarando de igual para igual. No futsal, as seleções hoje ousam mais ao atacar o Brasil do que antigamente? Quais são as seleções mais duras na atualidade? Falcão: A Espanha, Rússia e Portugal são seleções que se assemelham ao futsal brasileiro. Agora, os sul-americanos ainda se preocupam mais em atacar. Já existe um jogador ou mais no futsal brasileiro que você já pode apontar como um futuro sucessor teu na seleção? Não estamos te aposentando, longe disso... Falcão: É difícil falar sobre isso. Para se criar um ídolo não é tão simples. Não há TV, marketing ou mídia que faça um ídolo. O cara precisa ter sequência. Há muitos bons jogadores em uma nova safra, mas é difícil apontar um. Você já esteve em São Carlos em duas outras oportunidades com a seleção brasileira, nas vitórias sobre a Costa Rita e o Irã. Como avalia a estrutura do ginásio Milton Olaio Filho, principalmente a quadra e a torcida? Falcão: São Carlos é um lugar onde me acostumei a jogar. Sempre somos bem tratados. Tenho certeza de que seremos mais uma vez e vamos brigar por duas vitórias bonitas para o público do interior. No próximo ano teremos a Copa do Mundo na Tailândia. Dos nove mundiais até agora disputados, o Brasil somente não esteve numa final uma única vez, ganhou seis e perdeu duas finais. Qual é a tua expectativa? Quais são as chances da seleção? Falcão: Teremos muita dificuldade. A cada mundial que passa a dificuldade aumenta. Na Tailândia, não será diferente. O Brasil chega como um dos favoritos entre cinco e sete países. Por que na tua opinião o futsal não é ainda esporte olímpico? Tem esperança que em 2016 ele esteja incluído como modalidade nos jogos? Você tem gás pra chegar até lá? Falcão: Essa minha opinião é frustrante. É um esporte que atende a tudo que é necessário, é sucesso nítido de público e já é consolidado. Em 2016, estarei com 39 anos e será muito difícil atuar, mas espero muito por isso. Vai rolar a velha lambretinha ou todo mundo já marcou a jogada? Falcão: Não tem jogada marcada. Habilidade nunca é marcada. Não tem sistema que marque. Se tiver que ter a lambreta, haverá.
(01/04/2011) Compartilhe essa informação |