UNIVERSITÁRIOS INJETAM R$ 60 MILHÕES POR ANO NA ECONOMIA DE SÃO CARLOS PDF Imprimir E-mail
A chegada de novos universitários à cidade de São Carlos, pólo consolidado de ensino superior do interior paulista, movimenta a economia do município com uma injeção mensal que pode chegar a R$ 5 milhões, avaliam especialistas. Os setores que mais rapidamente respondem a essa entrada de capital são o imobiliário (venda e locação), gastronômico (bares, restaurantes e similares) e o hoteleiro (hotéis, pensões e flat´s), seguidos por entretenimento (música, show´s), alimentação (bares e supermercados), bens semiduráveis (móveis novos, móveis usados e eletrodomésticos), escolas de idiomas, esportes (academias), vestuário, lavanderias e transporte.

Os estudantes comprovam que esses setores realmente são os que mais demandam gastos. “Nos seis anos vividos aqui tive bastante despesa com aluguel e alimentação, tanto no ‘bandejão’ da faculdade como em supermercados”, revela Luciano Loman, que veio de Castro (PR) e concluiu engenharia elétrica no final do ano passado na USP São Carlos. Para o calouro de Ciência da Computação, também da USP, Fábio Fernandes, além de moradia e alimentação há o gasto com transporte – sua família ficou em Ribeirão Preto. “Como volto para Ribeirão Preto toda semana, estou gastando com passagem”, diz Fernandes.

“Se ao menos 5 mil pessoas de classe média estudarem na cidade e consumirem cerca de R$ 1.000 nas atividades locais de comércio e serviços, temos a injeção mensal de R$ 5 milhões na economia local. Isso representa R$ 60 milhões por ano. Mas o valor pode ser maior, se considerarmos que a estimativa é de 20.000 alunos nas escolas de nível superior”, explica Marcos Alberto Martinelli, secretário municipal de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de São Carlos.

A qualidade das universidades públicas da cidade – Universidade de São Paulo (USP), com dois campi, e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com cursos reconhecidos nacional e internacionalmente – atrai universitários de todo o país. “A expansão das principais universidades do município atrai os estudantes. Assim, as ofertas estabelecidas aumentam e a demanda corresponde”, relata o professor Elton Casagrande, pesquisador do Departamento de Economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara.  

Ainda segundo Casagrande, com essa afluência é necessário contratar mais professores e funcionários, criando um dinamismo que ultrapassa o custo. “O aumento no consumo de sobrevivência e a necessidade de moradia passam a ser importantes para cidade. O mercado de trabalho é revitalizado com mão de obra eficiente. A formação de indivíduos pode fazer com que eles fiquem na cidade e região”, conta o economista.

Com a necessidade dos estudantes residirem na cidade, o mercado imobiliário se fortalece, inflacionando os aluguéis em 15%, e as opções são variadas e para todos os gostos e bolsos. “Para quem quer mais tranquilidade e prefere morar sozinho, existem os apartamentos e as quitinetes. Quem quiser morar com outras pessoas tem a opção das repúblicas. Depende do gosto e do poder aquisitivo dos estudantes”, comenta Wenderçon Matheus Junior (Stubé), proprietário de imobiliária em São Carlos.

(04/03/2011)


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