São Carlos registrou 10,8 mortes de recém-nascidos a cada mil nascimentos em 2009. A média do Estado de São Paulo é de 13,8 mortes por mil nascimentos. Cidades da região, como Rio Claro, tiveram índices de 12,2 mortes por mil habitantes, 13,4 em Ribeirão Preto, Matão 18,8 e 11,8 em Araraquara. Esses dados fazem parte do mais recente balanço da Fundação Seade.

Esse levantamento considera a morte perinatal – o feto a partir da 22ª semana de gestão, peso aproximado de 500 gramas, até sete dias completos após o nascimento.

As mortes de bebês em gestação ou de recém-nascidos no Estado de São Paulo alcançaram o menor índice dos últimos dez anos. No ano de 2000, eram 18,5 mortes por mil nascidos na média estadual. A redução de cerca de 25% em 9 anos significa uma vida salva a cada quatro gestações ou nascimentos.

Em São Carlos, essa redução se justifica pelas medidas tomadas pela Prefeitura desde 2001. Os investimentos do Orçamento municipal em Saúde são visíveis. Em 2010, a Prefeitura investiu 21% do Orçamento em Saúde, ou R$ 136,7 milhões, a Constituição exige um mínimo de 15%. Para 2011, estão previstos 22,4%, ou R$ 149 milhões, de investimentos.
No entanto, outras ações são fundamentais para que o município apresente esse índice. “Nós temos uma rede de cuidado no pré-natal que é invejável”, explica o secretário de Saúde, Arthur Pereira. Segundo ele, 91% das gestantes de São Carlos recebem 7 ou mais consultas de pré-natal. “São pessoas monitoradas pelo Grupo Técnico de Atenção à Gestante e à Criança”, ressalta.

O secretário também lembra que o incentivo da Prefeitura ao aleitamento materno, em parceria com o Bando de Leite da Maternidade, e a cobertura vacinal eficiente nas crianças estão entre as ações que colaboram para um índice tão abaixo da média.

Atendimento avançado
O secretário Arthur Pereira salienta ainda o atendimento especializado oferecido por São Carlos às gestantes e bebês. Uma parceria da Prefeitura com a Santa Casa disponibiliza dois tipos de atendimento: o Ambulatório de Cuidados Especiais em Gestação e o Serviço de Acompanhamento e Intervenção Neonatal Precoce em Bebês de Alto Risco (SAIBE). “Esses serviços oferecem o que há de mais eficaz no cuidado às gestantes e bebês que apresentam problemas mais graves de saúde”, detalha Pereira.

(18/02/2011)

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