COOPERVIDA TEM PROJETO DE R$ 200 MIL APROVADO PELA FUNASA
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A Coopervida (Cooperativa de Catadores de Matérias Recicláveis de São Carlos) teve aprovado projeto apresentado no processo de seleção no edital do Chamamento Público realizado pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

O resultado do processo foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 9 de novembro. De acordo com o edital, a Funasa vai destinar cerca de R$ 24,2 milhões para projetos de reciclagem de matérias desenvolvidos por associações ou cooperativas de catadores em todo o Brasil, sendo que cada projeto selecionado receberá, no máximo, R$ 200 mil.

Por meio desses recursos a Funasa irá repassar, sem a necessidade devolução do dinheiro, exclusivamente despesas com investimentos na construção e ampliação de galpões de triagem, e aquisição de equipamentos.

A meta da Funasa era contemplar, no mínimo, 112 entidades sem fins lucrativos ligadas diretamente às atividades de coleta e processamento de material reciclável, mas apenas 78 associações e cooperativas tiveram seus projetos aprovados, apesar das mais de 200 inscrições.

O projeto encaminhado e elaborado, de forma coletiva e participativa, pela Coopervida e seus parceiros: Prefeitura de São Carlos, por meio do Departamento de Apoio À Economia Solidária; Coordenadoria de Meio Ambiente; Incubadora Regional de Cooperativas Populares (Incoop/UFSCar) e a Central de Empreendimentos Solidários do Brasil (Unisol/Brasil), foi um dos 22 projetos aprovados no estado de São Paulo.

A Coopervida previu em seu projeto a aquisição dos seguintes equipamentos: 2 balanças eletromecânicas; 3 prensas enfardadeiras verticais; 1 prensa enfardadeira horizontal; 2 empilhadeiras semi-elétricas; 2 mesas de triagem; 1 esteira de triagem com funil de alimentação; 2 carrinhos de tambores; 50 carrinhos de coleta e 2 motos triciclos urbanos com bagageiro.

Para Camila Capacle, representante da Unisol/Brasil em São Carlos, o edital da Funasa é uma das estratégias do governo federal para apoiar a organização dos catadores no Brasil.

“Com o resultado desse edital foi possível constatar que a maioria das associações e cooperativas de catadores existentes no país não estão regularizadas e preparadas para concorrer aos recursos públicos. A Coopervida, além de estar totalmente regularizada, mostrou estar preparada tanto para concorrer a recurso públicos quanto para aprimorar sua concorrência no mercado. Parabéns a todos os envolvidos nessa conquista”, comentou Capacle.

A diretora-presidente da Coopervida, Cristiane de Paula Magon, disse que o processo de revitalização da coleta seletiva no município e a contratação da cooperativa pela Prefeitura para a execução dos serviços, trouxeram novos desafios e mais responsabilidade.

“Hoje com 50 sócios cooperados, a Coopervida está aprendendo com os parceiros, Prefeitura Municipal, Incoop/UFSCar e Unisol, realizar uma gestão mais eficiente do empreendimento. Com a aprovação do projeto pela Funasa, nós teremos nossos próprios equipamentos e, desta forma, poderemos aumentar e melhorar a produção, gerando mais trabalho e renda”, enfatizou Magon.

Na avaliação de Reynaldo Sorbille, diretor do Departamento de Apoio à Economia Solidária, a aprovação do projeto da Coopervida contribui para a consolidação e autonomia da cooperativa.

“A Prefeitura apoia a Coopervida e o programa de coleta seletiva com a cessão de um galpão, caminhões, motoristas, todos os equipamentos necessários para o processo produtivo e assessoria técnica. Os novos equipamentos serão adquiridos pela própria cooperativa, garantido cada vez mais a posse e o controle dos meios de produção pelos trabalhadores e trabalhadoras associados, aprofundando e aprimorando a capacidade de autogestão do empreendimento”, explicou Sorbille, reiterando que a busca e disponibilização de recursos para consolidar os empreendimentos solidários atuantes no município é uma das atribuições da política pública de fomento à Economia Solidária desenvolvida em São Carlos desde 2001.
Feliz com a conquista da Coopervida, o secretário Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, Emerson Domingues, entende que o recurso oriundo da aprovação do projeto é mais uma passo na direção da conquista da independência por parte da cooperativa.

“Esse recurso vai ajudar a Coopervida na sua estruturação, aumentando a capacidade de geração de trabalho e renda, o que vai fazer com que ela se consolide no mercado e vá conquistando a sua independência”, concluiu Domingues.

(19/11/2010)
 
 

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