O dia 16 de abril é o Dia Nacional da Voz. Para marcar a data, Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação, está organizando desde o início da semana, nas escolas municipais, algumas atividades educacionais para a prevenção de problemas na voz.

Com a ajuda de uma fonoaudióloga, os professores da rede municipal ensinaram aos estudantes como fazer o bom uso da voz. As crianças participaram de ações lúdicas nas quais aprenderam o que é a voz e como cuidar dela. Elas também puderam treinar a audição, ouvindo algumas histórias e depois as colocando no papel, com desenhos e redações.

A fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Educação, Adriana Dantas da Costa, disse que a voz é um hábito familiar e que deve ser trabalhada todos os dias. “Falar alto é uma coisa de instinto, o aluno não tem noção do prejuízo que pode acarretar para a voz futuramente”.

O trabalho de prevenção com a voz também auxilia os professores, que chegam a falar praticamente o dia todo. A professora Flávia Andréa Lisboa Motta da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Angelina Dagnone de Melo falou da dificuldade em falar na sala de aula e a importância da prevenção.

“Os alunos têm mania de gritar, mas isso já vem de casa e esse trabalho é em longo prazo e deverá ajudar na reeducação vocal tanto para nós professores como para as crianças”.

Durante a semana, alguns alunos criaram um teatro representando o ambiente escolar e o modo como a voz é utilizada. “A escola é um ambiente que tem bastante barulho, então, estamos tentando, por meio das atividades, amenizar o ruído competitivo’, disse Adriana.

Desde outubro do ano passado, a Secretaria de Educação faz um trabalho preventivo que engloba a voz e problemas fonoaudiólogos. As escolas apresentam as queixas de alguns alunos que têm problema de voz, linguagem oral, escrita, respiração pela boca e audição e manda para a Secretaria.

A partir desse encaminhamento, a fonoaudióloga responsável entra em contato com a família da criança e analisa todo o histórico de saúde do aluno. É feita uma avaliação e, posteriormente, alguns exercícios para auxiliar esse aluno. Caso a criança tenha algum problema mais grave, a família é orientada a procurar um atendimento clínico, já que nas escolas o trabalho é educacional.

(15/04/2010)