O Centro de Desenvolvimento das Indústrias Nascentes (Cedin) de São Carlos tem cumprido papel fundamental para o crescimento de novas empresas da cidade. Os empresários destacam a importância da incubadora: ela atende 32 empresas nascentes, que no ano passado faturaram mais de R$ 10 milhões e geraram 210 postos de trabalho. No local, os empreendedores dispõem de infraestrutura e ações de gestão de empresas, tecnologia, mercado e comunicação, além de consultorias e espaços em feiras.

Gilberto Goissis, pesquisador e diretor da Biotech – empresa incubada responsável por produtos na área de medicina e saúde – ressalta que o Cedin foi de “suma importância” para o desenvolvimento de sua empresa. “Eu acho que não teria tido condições financeiras, nem apoio para montar a empresa se não fosse o Cedin”, destaca. Há três anos na incubadora, a empresa aguarda autorização de órgãos governamentais para iniciar a produção de produtos resultantes de suas pesquisas.

Além das empresas incubadas, que são instaladas diretamente no Cedin, a incubadora atende ainda as associadas. A Gene ID é um desses exemplos de empresa que contou com alguns serviços do Centro, mas Sandro Hillebrand, diretor da empresa, aponta como principal contribuição da associação a troca de informações com outros empresários. “Na época, eu não conhecia os mecanismos de suporte do Sebrae, por exemplo. Poucos sabem que existem e que não é privilégio de empresas incubadas, mas só se conhece os mecanismos quando se é incubado”, explica.

A Prefeitura de São Carlos, o Sebrae e o Instituto Inova são os parceiros que garantem o desenvolvimento das empresas do Cedin. A incubadora está instalada numa área de quatro mil metros quadrados, sendo mil metros de área construída. Cada empresa ocupa uma área que vai de 15 a 63 metros quadrados. “Varia de acordo com o segmento, o projeto e a forma como o empreendedor vai trabalhar”, explica Alagui Marques Pereira, gerente-executivo do Cedin.

As empresas dispõem de sala de reunião com todos os recursos audiovisuais, sala com ponto de banda larga, telefonia interna e um sistema de ar comprimido para seus produtos, processos e equipe. “O Cedin ajuda a empresa a dar os primeiros passos, crescer e andar com os próprios pés”, pontua Marques. Segundo ele, a maioria dos empreendimentos vem do meio acadêmico. “Eles sabem fazer o produto, mas encontram dificuldades de gestão”, explica. Para Marques, por isso as ações de gestão têm papel fundamental para a sobrevivência desses empreendimentos.

(11/03/2010)