» PAVAS JÁ ATENDEU MAIS DE 80 MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA PDF Imprimir E-mail


O Programa de Atendimento às Vítimas de Abuso Sexual (PAVAS) da Prefeitura, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, já atendeu mais de 80 mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. Inaugurado em março de 2005, o PAVAS funciona no Centro Municipal de Especialidades (CEME), inserido no programa DST/AIDS, e atende mulheres acima de 18 anos vítimas de violência doméstica e sexual, oferecendo atendimento médico, psicológico e social, minimizando de todas as formas os danos físicos e mentais causados pelas agressões.

Para a psicóloga do programa, Ana Maria Zabeu, o PAVAS é um instrumento de reconstrução da cidadania dessas mulheres. “A violência não será esquecida pela vítima, mas com ajuda especializada os danos podem ser menores. Infelizmente o número de mulheres que atendemos é alto, mas isso reflete o trabalho que desenvolvemos aqui, ou seja, antes do PAVAS as vítimas não tinham a quem recorrer. Hoje não, contam com o nosso apoio e estrutura”.

A maioria das vítimas chega ao programa através de encaminhamento médico ou do serviço social da Prefeitura, que funciona na Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social. Considerando que um grande percentual das vítimas só procura ajuda depois de vários tipos de violência, o PAVAS tenta resgatar a auto-estima dessas mulheres e, em conjunto com a Secretaria de Cidadania, que é a maior parceira do programa, oferece ajuda e abrigo seguro às vítimas e aos filhos menores de 18 anos na Casa Abrigo “Gravelina Terezinha Lemes”, inaugurada pela Prefeitura em 2001.

As agressões se diferenciam em estupro, atentado violento ao pudor, lesões corporais, obrigação sexual mediante ameaça e exploração sexual. Em 70% dos casos atendidos, os autores das agressões têm um vínculo íntimo com a vítima, ou seja, são os maridos, pais, padrastos, tios ou irmãos, o que dificulta ainda mais a denúncia por parte da vítima.

Para a diretora do Departamento de Atenção Básica, Marilda Siriani, reconhecer que a violência doméstica é um problema histórico e cultural já é um começo. “Para começar a mudar essa realidade temos de impedir que a violência faça parte do convívio das famílias”. A coordenadora do programa, Blaranis Pauletto, ressalta que a violência começa bem antes da agressão física. “Primeiro a mulher é submetida a uma violência moral e psicológica. Nessa fase, ela tem sua auto-estima corrompida e começa a se sentir incapaz, depois começa a violência física seguida da sexual”.

Profissionais especializados
O PAVAS conta com uma equipe composta por uma médica e uma psicóloga especializadas em violência sexual, uma assistente social, três enfermeiras e um auxiliar de enfermagem. Esses profissionais têm a função de ajudar as vítimas a superar as seqüelas físicas e emocionais causadas pelas agressões físicas e morais.

Quanto à saúde física, o programa atua na prevenção, recuperação, tratamento e investigação sorológica de DST/HIV, prevenção de gravidez, profilaxia de HIV, recuperação e tratamento de lesões e atendimentos ginecológicos. Já quanto à saúde psicológica, atua com fins de acolhimento, compreensão e uma elaboração dos traumas sofridos numa tentativa de elevar a confiança das vítimas. Além disso, ainda se preocupa com as questões sociais dessas mulheres através de atendimentos, acompanhamentos e suporte social com visitas domiciliares e reencaminhamento aos recursos da comunidade para recuperação da vida socioprofissional e familiar.

Essa preocupação com a reestruturação da vida dessas mulheres tem alcançado resultados bastante positivos, já que o número de vítimas que consegue voltar a trabalhar, ter uma rotina normal e os sintomas depressivos minimizados é bastante considerável. Arthur Pereira, secretário municipal de Saúde, destaca a importância do programa para a melhora da qualidade de vida das famílias do município. “O PAVAS oferece todo tipo de suporte, além de atenção e carinho para que essas mulheres superem os traumas e possam continuar suas vidas e a criação de seus filhos sem maiores danos”.

O PAVAS faz parte de uma rede complementar de cuidados que a Prefeitura de São Carlos vem desenvolvendo para atender as famílias do município e conta com a parceria, além de vários órgãos municipais, da Delegacia da Mulher, da Universidade Federal de São Carlos (Unidade Saúde Escola - USE), da Santa Casa e do Fórum. Mais informações sobre o programa podem ser obtidas pelo telefone 3368-2044.

Infanto-juvenil
A Prefeitura também oferece atendimento aos menores de 18 anos vítimas de violência doméstica e sexual através do “Serviço de Enfrentamento de Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil”. Assim como no PAVAS, a vítima e sua família também recebem atendimento médico, psicológico e social. Esse serviço funciona junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), localizado na rua 13 de Maio, 1.732, no centro. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3374-3271.

(22/08/08)

 
 

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