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Com a presença de diversas autoridades dos setores público e empresarial, o prefeito Newton Lima inaugurou o Centro Público de Economia Solidária de São Carlos “Herbert de Souza – Betinho”, que presta uma homenagem ao sociólogo. O local vai integrar todos os dispositivos de economia solidária municipais, como o Banco do Povo e as 20 cooperativas que já atuam na cidade. Com recursos do Ministério do Trabalho e da Prefeitura, o centro recebeu um investimento total de R$ 100 mil.



CENTRO TAMBÉM VAI PROMOVER EVENTOS RELACIONADOS AO SETOR

Na noite de segunda, dia 26, o prefeito Newton Lima inaugurou o Centro Público de Economia Solidária de São Carlos “Herbert de Souza – Betinho”, localizado na rua José Bonifácio, 885, no centro. A mesa foi composta pelo vice-prefeito Emerson Leal, pelo secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Adilson Cruz, pelo presidente da Câmara Municipal, Edson Fermiano, pelo vereador Lineu Navarro (autor do projeto que deu nome ao centro e da emenda que destinou R$ 15 mil), pelo gerente da Fundação do Banco do Brasil (BB), Paulo Roberto Chiossi, pelo representante da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária, Antonio Silvestre, pelo reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Oswaldo Baptista Duarte Filho, e pela representante dos Empreendedores de Economia Solidária de São Carlos, Marta Fernandes Marinho.

“Eu não poderia ser prefeito de uma cidade com crianças na rua. Era incômodo para um homem que sempre lutou pelos direitos do trabalhador assistir a famílias sobrevivendo do lixo sem as mínimas condições de dignidade”, observou Newton. “Eu quero inverter o meu discurso e afirmar que este projeto não existiria sem o empenho e unidade destes valorosos empreendedores, que estão construindo uma nova história para São Carlos, de uma cidade próspera, progressista, mas além de tudo humana e com visibilidade social e comunitária”, complementou.

A principal missão desse centro é integrar todos os dispositivos de economia solidária do município, com o intuito de facilitar o deslocamento da população e padronizar o fluxo de comunicação dos diversos programas, projetos, treinamentos e cursos desta área. O processo de elaboração dos trabalhos poderá ser de origem governamental ou não governamental.

O espaço também tem a função de organizar palestras, encontros temáticos, reuniões, feiras, seminários, simpósios e congressos. Além de uma central de documentação e informática, o empreendedor também conta com uma assessoria gerencial e técnica, obtendo ferramentas para promoção, divulgação, distribuição e comercialização de seus produtos e serviços. “Para formatar um planejamento estratégico participativo, montamos uma estrutura para conclamar todos os atores sociais envolvidos, criando um processo de reflexão e compreensão de todas as atividades desenvolvidas”, enfatizou Leal.

Valor social
Com investimento total de R$ 100 mil, este centro possui uma área de 500 m², cujos recursos são provenientes do Ministério do Trabalho (MT) à Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) e Prefeitura. São Carlos foi um dos 23 municípios contemplados pelo MT, cujo projeto descreveu a participação dos empreendimentos solidários, da Incubadora de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São Carlos (Incoop/UFSCar) e dos Gestores de Políticas Pública.

O governo federal foi responsável pela aquisição de maquinários, equipamentos e mobiliários, sendo o município responsável pela manutenção do espaço físico e alocação de todos os recursos humanos necessários.

Em oito anos, o movimento de Economia Solidária em São Carlos apresentou relevantes avanços qualitativos e quantitativos. Em 2001, a cidade apresentava apenas três empreendimentos solidários, reunindo cerca de 70 trabalhadores. Atualmente são 20 cooperativas registrando cerca de 650 trabalhadores, que desenvolvem atividades em diversos segmentos de mercado, tais como segurança, limpeza, artesanato, reciclagem de lixo, cozinha industrial e outros.

Com todo esse fomento determinado pelo prefeito Newton Lima, este setor fatura mais de R$ 3 milhões por ano. “A principal proposta deste espaço é articular várias ações de interação solidária, buscando o intercâmbio de experiências com outros empreendimentos de cunho regional e nacional”, detalhou Cruz.

Símbolo da solidariedade
O sociólogo Betinho foi um exemplo de determinação e trabalho incansável pelo direito à cidadania das classes sociais menos favorecidas economicamente. Lutou pela verdadeira democracia participativa, pela valorização da solidariedade e dos direitos humanos em uma sociedade injusta. Assumiu integralmente as mais radicais utopias de transformação social, atuando na resistência contra o regime militar. Exilado, tornou-se um dos pilares da campanha de anistia, retornando ao Brasil no ano de 1979.

Coordenou a “Ação pela Cidadania contra a Fome e a Miséria”, que pretendia ir além de um movimento social de caráter assistencialista, cujo principal objetivo era promover o acesso ao emprego ou a justa utilização da terra. “Tenho certeza de que iremos honrar a figura do Betinho, pois o nosso projeto de economia solidária visa criar uma rede de subsistência que proporcione a geração de mais empregos e o aumento gradual da renda familiar”, explicou o diretor do Departamento de Apoio à Economia Solidária, Reynaldo Sorbille.

(27/05/08)
 
 

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