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Prefeito visita novas instalações.     CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL FUNCIONA EM NOVO PRÉDIO O prefeito Newton Lima visitou na tarde desta sexta, dia 25, as novas instalações do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) – Atenção em Saúde Mental, que funcionava anteriormente na rua Riachuelo, região central da cidade. O prefeito participou da festa de confraternização dos usuários e funcionários aniversariantes do mês, comemorada pela instituição sempre na última sexta-feira de cada mês. Em seguida, os usuários do CAPS entregaram ao prefeito um cartão feito em papel reciclável agradecendo pelo atendimento dos funcionários e estagiários. Participaram ainda da visita o secretário municipal de Saúde Arthur Pereira, a diretora do Departamento de Atenção Especializada, Blaranis Pauletto, a articuladora de saúde mental do município, Iolanda Cristina Barbério, o líder do governo na Câmara Municipal, Lineu Navarro, e o vereador Antônio Rubens Valdo Ratti. O prefeito conheceu as instalações do novo centro, que fica na rua Floriano Peixoto, 216, na Vila Prado. Com uma área construída de cerca de 600 m2, os usuários contam a partir de agora com ampla área verde, consultórios, salas de convivência e terão, além do atendimento ambulatorial e tratamento, oficinas terapêuticas, atividades de expressão como música, dança, em parceria com o Departamento de Artes e Cultura, que cede os oficineiros, e alfabetização do ensino fundamental em parceria com a Secretaria Municipal de Educação através do EJA – com aulas de segunda a sexta-feira no período diurno. “Esse trabalho, desde março de 2002, vem ao encontro das necessidades dos pacientes. O programa, que também é desenvolvido em parceria com a UFSCar, visa melhorar a qualidade de vida do paciente, com um atendimento humanizado”, destacou Newton Lima. O novo prédio foi adaptado para o atendimento ambulatorial dos 60 usuários que passam o dia na unidade e recebem tratamento qualificado por equipe multiprofissional e alimentação fornecida para a Secretaria Municipal de Saúde. Desde que a unidade do CAPS foi implantada em São Carlos, as internações psiquiátricas diminuíram 70% no município. “Esse novo espaço vai facilitar e pode, no futuro, ampliar o atendimento na cidade e na microrregião”, disse o secretário de Saúde, Arthur Pereira. O trabalho é feito por equipe multiprofissional de saúde (psiquiatras, enfermeiras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicólogos, auxiliares de enfermagem e agentes administrativos) e conta ainda com apoio de estagiários da UFSCar (terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, imagem e som), da Unicep (nutrição) e da Unicastelo (psicologia). CAPS Saúde Mental É uma unidade de saúde que oferece atendimento de saúde mental especializado, referência para transtorno mental no município, com cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar para usuários de São Carlos e microrregião acima de 18 anos – com quadros de esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão com episódios psicóticos, tentativa de suicídio –, capacitado para realizar prioritariamente o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não-intensivo. Funciona em dois turnos e inclui o atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, orientação, entre outros), atendimento grupal (psicoterapia, grupo operativo), atividades de suporte social, atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio, visitas domiciliares, atendimento à família, atividades comunitárias enfocando a integração do doente na comunidade e sua inserção familiar e social. A unidade atende também pacientes de Ibaté, Dourado, e Ribeirão Bonito. Atualmente são atendidos 166 pacientes de São Carlos no semi-intensivo e 234 não intensivos. A busca pode ser espontânea ou referenciada pelas unidades de saúde. Nos casos de transtorno severo é construído um projeto terapêutico e o paciente passa a ser atendido pelo CAPS – Saúde Mental. Na ausência desse transtorno, o paciente pode ser atendido por uma das 5 Regionais de Saúde dos bairros Redenção, Vila São José, Santa Felícia, Cidade Aracy e Vila Isabel, unidades que contam com médicos psiquiatras e psicólogos. Já nos casos de crise aguda que demandem internação, o CAPS faz contato com a Central de Regulação do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Araraquara, que disponibiliza vagas para 25 municípios de nossa região. O hospital de referência regional para internação dos pacientes é o Hospital Psiquiátrico Caibar Schutel, de Araraquara. Geração de renda e inclusão social Uma parceria entre o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da Prefeitura, o Departamento de Enfermagem, a Unidade Saúde-Escola (USE) e a Incubadora de Cooperativas Populares (INCOOP) da UFSCar desenvolve desde 2006 o “Projeto de Inclusão Social pelo Trabalho”, com 31 usuários do CAPS de São Carlos, na perspectiva da Economia Solidária. O projeto integra ensino, pesquisa e extensão realizado em quatro etapas: identificação dos usuários do CAPS, oficina preparatória para o trabalho e geração de renda por meio de experiência coletiva, encaminhamento de usuários para o mercado de trabalho e sistematização do conhecimento gerado. A iniciativa conta com o apoio da comunidade e o envolvimento de alunos bolsistas e voluntários dos cursos de Enfermagem, Terapia Ocupacional e Psicologia da UFSCar, caracterizando seu caráter interdisciplinar com desenvolvimento de reciclagem de papel preparando para o trabalho e geração de renda. A matéria-prima – papel – é fornecida por gráficas e o material, depois de reciclado, é utilizado na produção de agenda, cartões, marcadores de livros, entre outros produtos que são vendidos e têm a renda revertida para o projeto. Iolanda Cristina Barbério, articuladora de Saúde Mental da Prefeitura, enfatiza que o projeto efetiva a reabilitação psicossocial dos pacientes que já estão habilitados e em momento de alta clínica. “A meta do CAPS é diferente de outras unidades de saúde mental, como o ambulatório, pois promove a reabilitação psicossocial não estando restrita apenas à alta clínica. É o trabalho de inclusão social e é neste sentido que eles são encaminhados para este projeto”, destacou. (25/04/08) |
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