» SAAE PEDE COLABORAÇÃO PARA EVITAR CORTES DE ÁGUA PDF Imprimir E-mail

“O SAAE tem realizado, infelizmente, 1.120 cortes de água por mês”, comenta frustrado Eduardo Cotrim, presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Apesar da iniciativa da autarquia de ter criado a tarifa social, o parcelamento da dívida (em até 72 vezes, para pessoa física, e em até 120 vezes, para pessoa jurídica) e até mesmo a remissão de dívida, com o objetivo de atender à população carente, a inadimplência ainda é grande segundo ele.

“Há pessoas que vêm aqui no Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), fazem o parcelamento da dívida ou até conseguem a tarifa social, pagam a primeira parcela e depois não pagam mais”, explica Heleni Gomes, assistente social do SAAE. Segundo Heleni, além de ser importante para o usuário e o SAAE que ele cumpra o que foi combinado, é necessário que o usuário também se comprometa a “não fazer mais gatos”.

“As pessoas hoje são beneficiadas pela tarifa social, então por que continuam fazendo ligações clandestinas para pagar menos?”, indaga a assistente social. Aliás, comprometer-se a “não fazer gatos” ou ligações clandestinas é uma premissa fundamental para que qualquer pessoa resolva seus débitos com o SAAE. “Hoje em dia um dos maiores problemas da autarquia são as perdas por causa dos ‘gatos’ e das ligações clandestinas”, conta Cotrim.

Messias Luiz Rocha, chefe do Setor de Fiscalização, esclarece que há uma diferença entre os “gatos” e as ligações clandestinas, mas que os dois são ruins para o SAAE. “O ‘gato’ ou by pass é quando o usuário faz um desvio de sua própria ligação. Já as ligações clandestinas acontecem muito em loteamentos novos, onde as redes são na calçada, ou o loteador tem de deixá-la preparada na calçada, facilitando assim as ligações diretas feitas por terceiros sem o conhecimento do SAAE. Qualquer tipo de ligação ilegal causa perdas e atrapalha o desenvolvimento do nosso trabalho”, explica.

Notificação
Para que a água seja cortada, é preciso que três contas estejam “em aberto”, ou seja, não tenham sido pagas, mas o SAAE só pára mesmo de fornecer o serviço depois de notificar a pessoa ou empresa. “Nós mandamos uma notificação de corte para a casa da pessoa (ou empresa) que deve ser assinada. Após recebermos esse comprovante de recebimento da notificação, contamos ainda 30 dias, para só depois realizarmos o corte, caso não tenha sido tomada nenhuma providência em relação ao débito”, declara Sandra Elisa Alves da Silva, do Setor de Controle de Débitos. “Além disso, na própria conta de água o SAAE avisa o usuário que ele possui contas ‘em aberto’”, diz Sandra.

O fiscal Nicolau, há três anos no SAAE, conta que muitas vezes os fiscais são agredidos, ameaçados, ou a pessoa não permite que eles entrem na residência; outras chamam a polícia e são agressivas. “Já tivemos casos de fiscais agredidos por estarem realizando seu trabalho”. E acrescenta: “Há pessoas que realmente estão em dificuldade, mas já fui a uma residência cortar a água em que a família, ou o morador, tinha quatro carros na garagem. Isso já é falta de bom senso”. Segundo ele, são feitos atualmente 30 cortes de água por dia.

O SAAE pede a colaboração da população para resolver esse problema das dívidas/perdas. Basta que o cidadão, ou empresário, procure o SAU para renegociar os débitos. “Muitas vezes, a pessoa tem até direito à tarifa social ou à remissão de dívida e não sabe”, afirma o presidente do SAAE. O prazo para que a pessoa solucione esse problema vai até 30/6. Para obter mais informações, acesse www.saaesaocarlos.com.br. O Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) do SAAE fica na rua Major José Ignácio, 2.134, e funciona das 8h30 às 16h30, de segunda a sexta. Para saber antecipadamente que documentos levar, ligue para (16) 3371-5247/5265.

(25/04/08)
 
 

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