» REUNIÃO DISCUTE PROJETO DE REUSO DE ÓLEO EM SÃO CARLOS PDF Imprimir E-mail


Na terça, dia 22, na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, ocorreu uma reunião a respeito da implantação do projeto “Futuro Limpo”. Participaram o assessor Ambiental do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Cláudio Macedo, e representantes de universidades, de donos de bares, hotéis e restaurantes, do vereador Roberto Mori e de cooperativas de coleta seletiva da cidade.

Esse projeto vem sendo discutido desde o ano passado por esse grupo, ou comissão, e consiste na destinação correta do óleo usado na fritura de alimentos para que ele não cause poluição ambiental e possa ser reciclado. No início, foi preciso criar e aprovar uma lei que regulamentasse esse projeto. A Lei Municipal nº 14.171, de 9 de agosto de 2007, tem a finalidade de diminuir ao máximo o lançamento de óleo vegetal nos encanamentos da rede de esgoto, fossa séptica ou qualquer outro lugar, em conformidade com o Artigo 225 da Constituição.

Segundo Eduardo de Carvalho Martins, chefe da Divisão de Fomento à Redução de Resíduos – ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável –, essa comissão está preparando a infra-estrutura para iniciar o projeto. “O Futuro Limpo começa com a conscientização da população e, para isso, estamos contando com a ajuda da Secretaria Municipal de Educação”, explica Eduardo.

Ele diz que a secretaria fará um trabalho com os diretores das escolas municipais, em princípio, para que as crianças e a comunidade entendam a importância da coleta e do reuso desse óleo. “As escolas, assim como os centros comunitários, funcionarão como pólos de recebimento desse material. Qualquer pessoa possui uma garrafa de plástico de refrigerante em casa e pode facilmente armazenar nela o óleo e depois encaminhá-la à escola”, Eduardo afirma.

Segundo estatísticas, um litro de óleo utilizado na cozinha de nossas casas pode contaminar um milhão de litros de água. “É um estrago considerável”, comenta Macedo. O assessor Ambiental contou que também é necessário que o “Futuro Limpo” adquira os contêineres (de aço ou até mesmo de plástico), ou as chamadas “bombas plásticas”, para armazenar todo o óleo recolhido. “As cooperativas que vão trabalhar na coleta seletiva do óleo recolherão as garrafas das escolas e dos centros comunitários e armazenarão nesses contêineres até que sejam vendidas para as indústrias interessadas”, esclarece Cláudio. O grupo está tentando fazer parcerias com empresas para ganhar esses contêineres.

O presidente do SAAE, Eduardo Cotrim, informou que, apesar de haver muitas empresas interessadas no reuso do óleo, o ideal seria vendê-lo para as indústrias de biodiesel, pois as indústrias de sabão – que mais reutilizam hoje em dia o óleo – também são muito poluidoras por causa do uso de soda cáustica na fabricação de seu produto.

Para Cotrim, o projeto “Futuro Limpo” é de extrema importância, por sua contribuição ao desenvolvimento social – devido aos inúmeros empregos que vai gerar com as cooperativas de coleta seletiva –, à preservação do meio ambiente – com a diminuição da poluição de rios, redes de esgoto etc. –, e ao bom funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE Monjolinho), obra do SAAE prevista para ser inaugurada em meados de maio, que pode até ter seu funcionamento prejudicado caso o óleo seja lançado, como é feito atualmente, na rede de esgoto.

(23/04/08)

 
 

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