» PREFEITURA E USP INTEGRAM ACADÊMICOS E TRABALHADORES EM CURSO PDF Imprimir E-mail



Uma parceria entre a Prefeitura, através das secretarias municipais de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia e Cidadania e Assistência Social, com a Universidade de São Paulo (USP), via departamentos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, está lançando o projeto Canteiro Escola. A principal proposta é integrar os conhecimentos acadêmicos dos alunos com os conhecimentos práticos de trabalhadores que atuam no ramo de construção de residências, estabelecimentos comerciais e unidades fabris.

Com inscrições abertas até o dia 18, o período deste curso será de 22 de abril até 5 de julho. “Propiciar a aproximação entre o conhecimento teórico e prático é uma forma de desenvolver novos mecanismos que melhorem a qualidade das habitações, visando redução de custos e maior segurança aos moradores”, analisa o vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Emerson Leal.

O grupo de instrutores será formado por docentes da USP, integrantes da Organização Não Governamental (ONG) Casa de Criação TEIA e mestres-de-obra selecionados a partir do método especificado. O material pedagógico foi formulado em módulos, apresentando as seguintes disciplinas: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo e da Engenharia Civil; Sistemas Construtivos e Princípios de Funcionamento Estrutural; Leitura de Projetos, Apropriação Gráfica e Implantação de Obra; Orçamento, Planejamento e Rudimentos de Administração de Obras; Modalidades de Organização da Força de Trabalho na Construção Civil (cooperativismo e ajuda mútua); Segurança no Trabalho e nos Canteiros; Laboratório: Experimentação e Ensaio de Processos Construtivos e de Organização.

A sala de aula será estabelecida em 30 alunos, sendo 15 universitários e 15 trabalhadores de construção civil, que tenham no mínimo o ensino fundamental. “A meta é enfatizar a manipulação de alguns materiais mais corriqueiros com os métodos construtivos utilizados com maior freqüência”, detalha o arquiteto e professor da USP João Marcos de Almeida Lopes.

As aulas teóricas serão ministradas no campus I da USP, no prédio do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. As práticas serão realizadas no campus II constituindo um galpão coberto dotado de toda infra-estrutura básica, tais como luz, água, betoneiras, bancadas de mesa e ferramental especializado. Este curso dispõe de um total de 120 horas com duração de 4 meses, sendo 14 horas quinzenais. O cronograma de horários alterna as semanas, sendo uma com carga horária de 2 horas (terça e quinta), das 18h30 às 21h; e outra com 8 horas no sábado, das 8h às 17h.

Esta agenda foi definida de acordo com o horário comercial dos trabalhadores e de graduação dos estudantes. “A expectativa deste projeto é potencializar um grupo embrionário para a formação de um programa de economia solidária no setor de construção civil”, caracteriza o diretor do Departamento de Economia Solidária, Reynaldo Sorbille.

Apesar de servir aos alunos que estejam cursando os primeiros anos de engenharia civil ou arquitetura, este projeto também prioriza os trabalhadores atendidos por programas de transferência de renda, tais como Bolsa Família, Renda Mínima ou os mutirantes do São Carlos VIII. O processo de seleção também dará preferência para mulheres e pessoas de origem afro-brasileira. “Com o crescimento pujante do setor imobiliário ativado pelo governo Lula, torna-se imprescindível uma melhor qualificação aos profissionais deste ramo, proporcionando maior renda para as famílias mais carentes”, observa Leal.

(15/04/08)
 
 

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