» PLANTIO NASCENTE SÃO RAFAEL PDF Imprimir E-mail

Mudas de cabreúva, ipê, jatobá e pau-d´alho, entre dezenas de outras espécies, agora fazem parte da paisagem da nascente do córrego São Rafael. O plantio das três mil mudas foi feito por duzentos alunos da EMEB Antonio Stella Moruzzi e serviu como uma aula prática de preservação do meio ambiente. Com a coordenação da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, e apoio das secretarias de Obras e Serviços Públicos, Educação e Cultura, e Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, as árvores foram plantadas em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) das Marginais.



CRIANÇAS PARTICIPAM DE PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO SÃO RAFAEL

Na manhã desta quinta, dia 27, duzentos alunos da EMEB Antonio Stella Moruzzi trocaram a sala da escola por uma aula de educação ambiental ao ar livre. Esbanjando disposição, a criançada participou do plantio de mudas realizado pela Prefeitura na área de revegetação da nascente do córrego São Rafael, no Jardim São Rafael, em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) das marginais. As mãos pequeninas ajudaram a plantar cabreúvas, ipês, jatobás, paus-d’alho, entre dezenas de outras espécies nativas, que agora compõem a paisagem da nascente.

Juliana, de 9 anos, era uma das mais entusiasmadas. “É importante plantar árvores. Elas vão ajudar o planeta a ter um futuro melhor, e nós também teremos um futuro melhor”, disse. Davi, também de 9 anos, concorda com a colega. “Fico triste quando a televisão mostra as árvores cortadas no chão. Minha professora falou que nós temos que cuidar da natureza, dos rios e das árvores”, contou.

O plantio das três mil mudas foi coordenado pela Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano com apoio das secretarias de Obras e Serviços Públicos, Educação e Cultura e Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia. “O trabalho ambiental desenvolvido hoje em São Carlos preza pela conscientização de adultos e crianças para as necessidades da natureza. Por isso, é fundamental o envolvimento de vários segmentos da administração e das várias secretarias”, disse a secretária de Educação, Géria Montanari.

A partir de agora, as futuras árvores passam a ter manutenção mensal da Divisão de Áreas Verdes da Secretaria de Obras. “Essa manutenção inclui rega com caminhão-pipa, adubação, controle de pragas, formigas e também do mato”, explica o secretário de Obras, Flávio Micheloni. Para Ricardo Martucci, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, a recuperação da nascente do córrego do São Rafael é uma das obras mais importantes para o meio ambiente de São Carlos, depois da construção da Estação de Tratamento de Esgoto.

Depósito de lixo
“O trabalho desenvolvido aqui para recuperar essa importante nascente da bacia do Monjolinho, que abastece cerca de 40 mil pessoas na cidade de São Carlos, é extremamente harmônico com a natureza. Os moradores do Jardim Tangará e do Jardim São Rafael devem lembrar como esse local estava há sete anos, quando o prefeito Newton Lima assumiu o governo. A nascente estava seca, degradada, servia de depósito de lixo e entulho”, esclarece. “Com o processo de recuperação desenvolvido pela Prefeitura, a nascente reviveu. Já observamos pequenos peixes, a exemplo do guaru, e a vegetação está de volta. Essa recuperação é um modelo a ser seguido”, ressalta Martucci.

Além da recuperação e reflorestamento da bacia do Monjolinho, o TAC das marginais, como é conhecido, prevê também atividades semelhantes nas bacias do córrego do Tijuco e do Gregório. Para isso, a Prefeitura tem feito parcerias com empresas, como a CPFL, organizações não governamentais, como a Aliança Orgânica, e também proprietários rurais. Essas parcerias resultaram no plantio de mais de 60 mil mudas só na bacia do Monjolinho.

As áreas urbanas desses córregos também estão em processo de recuperação, porque, segundo Martucci, além de plantar árvores é preciso fazer as obras de contenção da erosão das encostas. “Muito em breve a Prefeitura vai iniciar essas obras. Os recursos já foram assegurados no fim do ano passado pelo BNDES, e agora estamos na fase de estruturação dos processos de licitação para a recuperação das encostas desses três córregos para poder, a partir daí, continuar o plantio das árvores”, finaliza Martucci.

Recuperação da nascente

Nascente do Córrego São Rafael antes das
obras.Nacente do Córrego São Rafael depois das
obras.
O primeiro passo foi dado em 2003, quando a Prefeitura, por meio da Secretaria de Obras, Transporte e Serviços Públicos, fez o dissipador e a rede de drenagem (galerias pluviais) em várias ruas dos Jardins São Rafael e Tangará. Essa primeira etapa da obra custou 150 mil reais. Em seguida, no local onde existia uma gigantesca voçoroca causada pela força da água da chuva, a Prefeitura construiu duas escadas hidráulicas com um desnível de aproximadamente 14 m de altura e 40 m de comprimento estruturadas em tela de metal e pedra rachão.

Essas escadas servem para reduzir a velocidade da água, evitando erosões e o assoreamento das nascentes. A obra custou R$ 240.000,00 e fez parte da segunda etapa do projeto de recuperação da nascente do córrego São Rafael, realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Transporte, Trânsito e Vias Públicas. Parte dos recursos, R$ 180.260,00, foi repassada pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO). O restante do montante ficou sob a responsabilidade do município.

Para a recuperação dos taludes e contenção das voçorocas junto à nascente foram utilizados 5 mil m3 de terra, 90 m de tubos de concreto, gabião, manta geotêxtil e tela fibratêxtil, além de colchão reno – estrutura em tela de metal e pedras, usada para fazer o fundo do canal, que contribui com a preservação das nascentes do local.

(27/03/08)
 
 

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