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O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), autarquia da Prefeitura, está finalizando o projeto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho. A primeira etapa vai tratar 100% do esgoto gerado no município e ainda vai executar serviços de implantação florestal nas áreas de preservação permanente, na reserva legal e no cinturão verde do ex-sítio Santa Adelaide. O projeto prevê o plantio de 8.605 mudas de plantas de espécies nativas, mais a coroação e adubação das árvores que existem nas áreas. Além disso, com o devido tratamento do gás produzido pelo esgoto, futuramente, a ETE Monjolinho irá comercializar créditos de carbono.



ETE VAI MELHORAR O ECOSSISTEMA DA REGIÃO

Na década de 80, cientistas de todo o mundo começaram a se preocupar com o “efeito estufa”, que é a diminuição da camada de ozônio da Terra – camada esta que protege a Terra dos raios ultra-violeta (UV) que aumentam sua temperatura, ocasionando mudanças climáticas e, conseqüentemente, uma série de outros desequilíbrios ambientais. A diminuição da camada de ozônio ocorre basicamente pela emissão de gases poluentes.

Diante desse quadro, várias providências foram tomadas. Na ECO 92, foi assinada por 154 chefes de Estado e pela União Européia a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, com encaminhamento de soluções para a diminuição de emissão de gases poluentes na atmosfera; em 1998, elaborou-se o Protocolo de Kyoto com o objetivo de reduzir em 5% até 2008-2012 as emissões de gases poluentes, entre muitas outras.

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) – que sempre tratou a questão ambiental com seriedade, tanto que possui um setor de Educação Ambiental com vários projetos já realizados e outros em andamento –, autarquia da Prefeitura, está finalizando o projeto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho. Além de tratar 100% do esgoto gerado no município, na primeira etapa, ainda vai executar serviços de implantação florestal nas áreas de preservação permanente, na reserva legal e no cinturão verde do ex-sítio Santa Adelaide.

O projeto prevê o plantio de 8.605 mudas de plantas de espécies nativas, mais a coroação e adubação das árvores que existem nas áreas. “Estamos recompensando uma dívida ambiental de mais de 150 anos. Essa estação irá melhorar todo o ecossistema da região com a aquisição de um rio limpo e um parque ambiental na primeira estação de energia do Estado”, explica Eduardo Cotrim, presidente do SAAE.

Sistema de compensação
Como se não bastasse isso, com o devido tratamento do gás produzido pelo esgoto, a ETE Monjolinho vai comercializar futuramente créditos de carbono. Essa é uma medida que permite aos países reduzirem seus índices de emissão de gases que causam o efeito estufa por um sistema de compensação. Conforme o Protocolo de Kyoto, as nações industrializadas devem reduzir sua emissão de gases de 2008-2012 em 5% em relação aos níveis de 1990. As empresas, então, adotam medidas de eficiência energética para atingir sua meta (calculada pelo governo). Mas, caso não consigam reduzir suas emissões, podem ir ao “mercado” para comprar créditos de carbono (um crédito de carbono equivale a 1 tonelada de dióxido de carbono). Daí a compensação: já que a empresa não vai conseguir reduzir suas emissões, ela compra esse “bônus de terceiros”.

Esses “terceiros” são, geralmente, países em desenvolvimento, como o Brasil, que não poluem tanto como os países industrializados (EUA, China e outros) e têm de usar esse dinheiro em projetos ambientais, ou seja, para que uma empresa (país) tenha direito de vender créditos de carbono, precisa cumprir dois requisitos: contribuir para o desenvolvimento sustentável e adicionar alguma vantagem ao ambiente – absorvendo o dióxido de carbono, por exemplo, com o plantio de árvores, ou evitando o lançamento de gases que causem o efeito estufa. Atualmente, do total de créditos disponíveis para a venda nesse tipo de mercado, 15% vêm do Brasil.

(06/03/08)
 
 

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