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A busca de soluções para a disposição do lixo produzido pelos municípios reuniu em São Carlos representantes de cidades da região e do Ministério do Meio Ambiente. Yashiro Yamamoto, assessor de Relações Institucionais, representou o Prefeito Newton Lima na reunião, realizada no salão nobre da Prefeitura. O encontro é resultado de uma reunião ocorrida no início deste mês que discutiu a elaboração de um Plano de Gestão Regional de Resíduos Sólidos. Em março, será realizada a 1ª reunião desse grupo de trabalho, que inclui também membros da sociedade e das universidades – USP e UFSCar.



CRIAÇÃO DE PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS É DISCUTIDA ENTRE MUNICÍPIOS E MMA

Representantes das cidades de São Carlos, Araraquara, Ibaté, Itirapina, Ribeirão Bonito, Descalvado, Motuca e Rincão reuniram-se nesta quarta, dia 27, no Salão Nobre da Prefeitura de São Carlos, para debater soluções quanto à disposição do lixo produzido pelos municípios. O encontro é fruto de uma reunião ocorrida no dia 1º de fevereiro deste ano, quando o prefeito de São Carlos Newton Lima, o secretário nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Luciano Zica, e o secretário de Governo de Araraquara, Manoel de Araújo Sobrinho, representando o prefeito Edinho Silva, começaram os debates acerca da elaboração de um Plano de Gestão Regional de Resíduos Sólidos, visto que a maioria dos aterros está com sua capacidade no limite ou já se esgotou.

O diretor de Ambiente Urbano da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Silvano Silvério da Costa, e o assessor técnico do mesmo ministério, Luiz Henrique do Nascimento, expuseram aos representantes das cidades a necessidade da criação de um aterro regional.

“Os aterros estão com sua capacidade esgotada. Precisamos, então, incentivar os municípios à reciclagem, à coleta seletiva. E na primeira reunião ficou acordado que o Ministério do Meio Ambiente vai apoiar a região na resolução desse problema que aflige a todos”, destacou Costa. “Hoje, não adianta duas pequenas cidades construírem seus aterros, que poderão virar lixões no futuro. É importante planejar um aterro regional para cinco ou mais cidades, além de envolver a comunidade na coleta seletiva”, completou.

O assessor de Relações Institucionais da Prefeitura, Yashiro Yamamoto, que representou o prefeito Newton na abertura da reunião, lembrou que o município estuda a possibilidade de um aterro regional desde 2003. “A disposição do lixo tem de ser tratada como política regional e não local”, acrescentou.

Costa explicou que um consórcio regional para a disposição de resíduos é visto pelo governo federal como uma maneira de dar sustentabilidade ao meio ambiente. “Já diagnosticamos que algumas cidades da região, especialmente São Carlos, possuem programas de resíduos da construção e apóiam programas de coleta seletiva e suas cooperativas de reciclagem”, observou. “Até o final de maio esperamos que o plano esteja elaborado. A etapa seguinte é consolidação dos consórcios, que visam dar sustentabilidade aos serviços”, concluiu.

Resíduos de compostagem
O diretor de Política Ambiental da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Paulo Mancini, que participou do encontro, diz que é importante todos os municípios da região adotarem práticas saudáveis para o meio ambiente. “Além da coleta seletiva de recicláveis secos, é importante fortalecer o programa de coleta de resíduos de compostagem, que representa de 50% a 60% do lixo. Se esse material é reciclado adequadamente pode se transformar em um bom fertilizante”, exemplificou.

No dia 11 de março haverá a primeira reunião do grupo de trabalho, que começa a debater soluções para a concretização do consórcio regional para a disposição de resíduos. Ela envolverá, além dos representantes das cidades, integrantes da sociedade e das duas universidades – USP e UFSCar. “O consórcio regional é uma tendência para minimizar os problemas ocasionados pelo esgotamento dos aterros”, disse o diretor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da USP-São Carlos, Valdir Schalch.

“Os municípios que participaram da reunião demonstraram boa vontade e interesse em encontrar soluções para um problema global, que é a disposição do lixo. Entendemos que não dá pra pensar em soluções individuais”, completou Luiz Henrique.

(27/02/08)
 
 

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