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Por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, a Prefeitura mantém um programa que incentiva borracheiros proprietários de pequenos estabelecimentos comerciais à disposição correta de pneus usados. Semanalmente, uma equipe da secretaria percorre 80 estabelecimentos, que efetuam a troca de 30 a 50 pneus por mês; outros 60 pequenos empresários do setor se incumbem da descarga dos produtos no aterro sanitário da cidade. O programa tem como objetivo reduzir os impactos ambientais e a proliferação do mosquito da dengue.




PREFEITURA INCENTIVA BORRACHEIROS À DISPOSIÇÃO CORRETA DE PNEUS USADOS

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, mantém há oito meses um programa que incentiva borracheiros que possuem pequenos estabelecimentos comerciais para a disposição correta de pneus usados. Uma equipe da própria secretaria percorre semanalmente 80 estabelecimentos, que efetuam a troca de 30 a 50 pneus por mês; outros 60 pequenos empresários do setor se incumbem da descarga dos produtos no aterro sanitário da cidade.

Já as empresas de maior porte se responsabilizam pela destinação correta da sua produção. Calcula-se que mensalmente são depositadas 14 toneladas de pneus no Aterro Sanitário Municipal. Com a finalidade de também combater a proliferação do mosquito da dengue e minimizar os impactos ambientais, a empresa Ecobalbo, de Cravinhos, recolhe, sem nenhum ônus aos cofres públicos, 3,5 toneladas de pneus toda semana.

Após a coleta, a empresa tritura a borracha e vende o material granulado para a fabricação de solas de sapatos e tapetes automotivos. Como em sua composição existem fragmentos metálicos, a Ecobalbo responde pela comercialização desse material em depósitos de sucata.

“São Carlos teria um gasto excessivo se bancasse todo o processo pelo qual o pneu passa na empresa de Cravinhos, então acreditamos que adotando essa medida estamos diminuindo um problema grave, que é a falta de locais adequados para a disposição de pneus usados. Estes causam grandes problemas ao meio ambiente, além de muitas vezes servirem de criadouros do mosquito da dengue”, observa o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Emerson Leal.

Para se ter idéia do enorme transtorno ambiental que o produto traz, 30 toneladas de pneu equivalem à produção de 165 toneladas de lixo. Proporcionalmente, uma tonelada de pneu é igual a aproximadamente 5 toneladas de lixo. “O pneu tem em sua composição materiais tóxicos e metais pesados, que podem contaminar o solo e os lençóis freáticos”, explica o diretor de Política Ambiental, Paulo Mancini.

O assessor técnico da secretaria, Tiago Muller Cotrim, informa que a secretaria também disponibiliza pneus descartados para tapeceiros e sapateiros, que utilizam parte da borracha na fabricação de solas e correias para sofás. “É uma solicitação pequena desses grupos, mas que também ajuda na destinação correta dos pneus”, diz.

Combate à dengue
A chefe da Vigilância Epidemiológica, Edel Zóia, classifica como fundamental o trabalho que é feito nas borracharias para se evitar a proliferação do mosquito da dengue na cidade. “O trabalho de visita às borracharias e recolhimento dos pneus é de extrema importância, principalmente porque o tempo de incubação do mosquito varia de 10 a 15 dias, dependendo das condições climáticas, enquanto o produto é recolhido e levado a Cravinhos em 7 dias”, afirma.

Edel diz que antes do programa muitos borracheiros jogavam os pneus inutilizados em locais inadequados, o que se tornou uma grande preocupação da Vigilância no combate à dengue. “O programa associa dois aspectos importantes: inibe a proliferação do mosquito da dengue e preserva o meio ambiente”, observa.

Conama
Considerando os graves impactos negativos que o descarte incorreto de pneus usados causa ao meio ambiente e à saúde humana, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) veio estabelecer, por meio de uma resolução de 1999, regras para o gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos gerados após o consumo desses produtos. As disposições contidas na referida resolução se aplicam tanto aos pneus novos, assim como aos pneus remoldados. Ainda de acordo com a determinação, os pneus utilizados devem retornar ao fabricante ou importador para que façam seu tratamento e disposição ambientalmente corretos.

Apesar de os fabricantes ficarem obrigados a cuidar do ciclo total de seus produtos, instituindo a responsabilidade “pós-consumo” dos agentes envolvidos com sua produção, importação e comercialização, os borracheiros não dispõem de recursos suficientes para o envio dos pneus usados às fábricas. “Para esse pequeno empresário pedimos que entre em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia. Caso ele se encaixe nas regras impostas pelo programa, nós podemos recolher o pneu usado que fica disposto nas borracharias”, frisa Mancini.

Os telefones da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável são 3371-7238 ou 3371-7239 para os borracheiros interessados em participar do programa. A secretaria fica na rua General Osório, 1.138, centro.

Trituração de pneus em Cravinhos
Técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia estiveram na última terça, dia 12, visitando a fábrica responsável pelo recolhimento dos pneus em Cravinhos. A visita teve por objetivo conhecer o método utilizado na trituração dos pneus recolhidos. O diretor de Política Ambiental Paulo Mancini intermediou uma reunião entre os responsáveis pela empresa e pesquisadores das universidades de São Carlos, com o intuito de agregar valor à matéria obtida após o processamento da borracha. Esse encontro deve acontecer no dia 19 de fevereiro, às 10h, na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia.

A empresa, que atende as exigências ambientais, trabalha com cerca de 150 pessoas, entre os empregos diretos e indiretos. Ela tem capacidade de processar mil toneladas mensais e o principal mercado consumidor do produto são empresas de reciclagem de metais, fabricantes de pisos de borracha, solas de sapato e usinas de asfalto. “A empresa está em busca da sustentabilidade e é uma das únicas do Brasil que trabalham na reciclagem de pneus. Por isso achamos importante essa reunião com os pesquisadores para que eles encontrem formas de agregar mais valor ao material obtido na trituração”, destaca Mancini.

(15/02/08)
 
 

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