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Projeto atendeu 58 casos em 2007.



PROJETO É UMA PARCERIA ENTRE A PREFEITURA E O GOVERNO FEDERAL

“Não conseguiria tratar meu neto em casa sem a ajuda da assistente social e da psicóloga. Se não existisse o Sentinela, minha família estaria desamparada”, relata a avó de um dos meninos atendidos pelo serviço. O projeto Sentinela do CREAS (Centro de Referência Especial de Assistência Social) que pertence a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, foi criado para atender crianças e adolescentes de zero a 17 anos e 11 meses que sofrem abuso sexual. Para jovens com mais de 18 anos existe o Programa de Atendimento às Vitimas de Abuso Sexual (PAVAS), da Secretaria Municipal de Saúde, que funciona no Centro Municipal de Especialidades.

Em 2007, deram entrada 58 casos no Sentinela. “Sabemos que esses números representam apenas uma parcela da violência sexual, pois na maioria dos casos não é feita denúncia e nem a pessoa procura pelo serviço”, disse a psicóloga do projeto Andréa Gessner Gobato. Segundo dados do Sentinela, desses 58 casos, 13 são do gênero masculino e 45 são do gênero feminino, sendo 15 casos de até 6 anos, 37 casos de 7 a 14 anos e 6 casos de 15 a 18 anos.

A faixa de maior risco é a de 7 a 14 anos, mas estima-se que muitos dos casos de abuso e exploração que ocorrem com adolescentes de 15 a 18 anos não são denunciados e não recebem atendimento, pela idéia de que nesses casos a vítima tem todas as condições de se defender. Segundo a assistente social Graziela de Carvalho Maria Campos, em 2007 80% dos casos deram entrada no programa como abuso confirmado e 20% tratavam-se de casos de suspeita. Nesses casos, quando a comprovação do abuso depende do relato da criança, pode ser necessário necessitar tempo maior de atendimento para que o relato seja feito, por causa do fator traumático.

Geralmente, em 98% dos casos de abuso, o agressor é pessoa conhecida, bastante próxima da vítima e de confiança de sua família. Os casos são classificados como intrafamiliar, ou seja, é uma pessoa da própria família que comete o abuso, como o pai, padrasto, tios, primos, irmãos e o avô. E extrafamiliar, quando o agressor em maior potencial é o vizinho, colegas de escola, pai de colega e outros conhecidos.

“A recuperação da criança depende muito da família, da mãe, do pai, de como eles vão lidar com essa questão. Se eles derem proteção e amparo, é mais fácil, ela consegue superar essa questão da violência muito mais rápido e fácil. Mas, se ela não tiver o amparo da família, fica muito mais difícil”, explica a assistente social Graziela.

Para a secretária municipal de Cidadania e Assistência Social, Maria de Fatima Piccin da Silva, houve um ganho enorme no Sentinela, pois o programa passou a ser serviço. A diferença é que o programa tem começo, meio e fim, pode parar a qualquer momento; agora, como serviço, é uma ação permanente e contínua. O Sentinela funciona na rua 9 de Julho, 1.599, no centro. O atendimento é das 8h às 17h. Para obter mais informações o telefone é 3307-8754.

(15/02/08)
 
 

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