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Projeto está na fase final de construção.


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JÁ FORAM INSTALADAS AS TUBULAÇÕES E PRINCIPAIS ESTRUTURAS

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho está finalizando seus últimos detalhes para a conclusão do projeto. Contratado via processo licitatório pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), o consórcio Delta Araguaia emprega cerca de 300 trabalhadores e seguiu passo a passo todos os estágios técnico-operacionais do cronograma estabelecido.

Segundo o relatório dos Serviços de Engenharia Consultiva Ltda. (Serec), responsável pelo gerenciamento desta obra, já foram instaladas todas as tubulações, o planejamento de fundações e as principais estruturas. “É importante destacar o empenho da Serec e da Delta, que estão trabalhando com imenso dinamismo, apresentando um projeto de alto padrão qualitativo da engenharia civil”, elogia o presidente da autarquia, Eduardo Cotrim.

Uma recente licitação indicou a empresa Antonio Bestana Neto (ABN) Paisagismo, para executar os serviços de implantação florestal nas áreas de preservação permanente, na reserva legal e no cinturão verde do ex-sítio Santa Adelaide. O projeto prevê o plantio de 8.605 mudas de plantas de espécies nativas, mais a coroação e adubação das árvores que existem nas áreas. Estes espaços serão completamente limpos, controlando a proliferação de formigas cortadeiras e realizando o coroamento do terreno para abertura das covas.

A empresa contratada também será responsável pelos processos de irrigação (necessário até o crescimento das mudas), replantio (avaliação do índice de mortalidade após 45 dias de plantio), adubação (após 90 dias de plantio) e manutenção pelo período de 17 meses (evitar entrelinhas livres de plantas invasoras). “Com o início deste reflorestamento, está faltando apenas, a instalação dos flotadores e os retoques finais”, informa Cotrim.

Recompensando uma dívida ambiental de mais de 150 anos, esta estação irá melhorar todo o ecossistema da região com a aquisição de um rio limpo e um parque ambiental na primeira estação de energia do Estado. Englobando toda sua estrutura física e logística, a construção da ETE está por volta de 6 anos melhorando o fluxo contábil da economia são-carlense, com a presença de obras em diversos pontos da cidade, com a instalação de interceptores e sifões, responsáveis pelo efetivo transporte do esgoto. Ao custo em torno de R$ 47 milhões, o projeto foi elaborado em sistema modular acompanhando o crescimento demográfico da cidade pelo período de 50 anos.

A primeira etapa tratará 100% do esgoto gerado no município, com uma vazão de 600 litros por segundo. Atualmente, são despejados no Córrego do Monjolinho cerca de 500 l/s. A segunda etapa deverá ser implantada em 2015, prevendo-se o tratamento de 1.000 litros por segundo. Estimando-se uma população de 500 mil habitantes, a terceira etapa deverá ser implementada a partir de 2.055, com capacidade para tratar 1.270 litros por segundo. “É importante relembrar o prêmio de R$ 21 milhões que ganhamos da ANA, cuja verba reduzirá em quase 50% o custo global desta obra”, enfatiza Cotrim.

Tecnologia de ponta
O processo de tratamento da ETE também foi elaborado por etapas. A primeira fase apresentará um conjunto de ações que permite a remoção de 90% de DBO dos esgotos brutos e a produção de um efluente tratado com concentração de oxigênio dissolvido no mínimo em 7 mg/l. Em seguida, o esgoto passaria pelos reatores UASBs, flotação por ar difuso e uma pós-aeração. Os lodos excedentes serão encaminhados para desidratação mecânica, sendo levados para os aterros sanitários.

Esta fase apresenta as seguintes unidades: caixa de entrada para a chegada do esgoto bruto; sistema de dosagem de soda; módulo de tratamento preliminar formado por grades grosseiras e finas, caixas retentoras de areia e gordura, reator e controlador de odores; dois módulos de UASBs composto por 4 reatores operando em paralelo; sistema para queima de biogás; unidade para dosagem e mistura rápida de coagulantes no esgoto afluente; dois floculadores mecanizados; dois flotadores de ar difuso, circulares e com remoção mecanizada; uma casa de saturação para produção de água saturada com ar necessária a flotação; uma calha Parshall para medição de vazão do efluente final; uma escadaria hidráulica para pós-aeração; três elevatórias de lodo flotado; casa de desidratação de lodos; elevatória de drenagem; uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para produzir água para uso interno da ETE; um reservatório com câmaras independentes de água potável e água de serviço; e unidades auxiliares tais como: portaria, casa de operação e edificações necessárias ao sistema elétrico de instrumentação. “Ao ser concluída, esta estação irá gerar cerca de 50 novos empregos”, informa o presidente.

A segunda etapa englobará a complementação de um sistema de lodos ativados após reatores UASBs em conjunto com a unidade de desinfecção com luz ultravioleta no afluente final. O lodo flotado seria continuamente recirculado para a entrada dos tanques aeração e o material excedente seria enviado para desidratação. O sistema de desinfecção seria introduzido entre a flotação e a pós-aeração. Cada módulo será formado por um reator UASB, um tanque de aeração, um floculador e um flotador. “O benefício desta obra será eterno, se transformando num dos principais motivos para atrair mais indústrias para o município, gerando empregos e ativando o crescimento de nossa economia”, observa o prefeito Newton Lima. “Esta estação também melhora o meio-ambiente de toda nossa região, já que o rio Monjolinho que recebe o nosso esgoto atualmente, desemboca em diversos municípios vizinhos”, complementa.

(01/02/08)
 
 

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