» PARCERIA ENTRE SAAE E USP REAPROVEITA LODO GERADO EM ESGOTO PDF Imprimir E-mail



O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), autarquia da Prefeitura, e o Instituto de Química da USP-São Carlos estão desenvolvendo na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do distrito de Água Vermelha três projetos de tecnologia ambiental que resultam no reaproveitamento do lodo gerado no tratamento de esgoto. A proposta da parceria é transformar esse material orgânico, que é despejado in natura nas lagoas e nos cursos d’água, em biomassa para produção de húmus de minhoca.

Todo o processo de nitrificação e desnitrificação é coordenado pela Profª Dra. Maria Olímpia Rezendo, que está preparando outro núcleo de estudo para ser implantado na ETE do distrito de Santa Eudóxia. “O fator determinante desta pesquisa é o resultado de um fertilizante de alta qualidade que pode ser aproveitado como ração animal”, explica a gerente da ETE, Isabela Pellati.

Para reaproveitar o lodo da ETE de Água Vermelha foi instalado um Biofiltro Aerado Submerso (BAS) junto ao Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB). O sistema é constituído primeiramente de grade, caixa de areia, medidor de vazão e poço pulmão, sendo anexado um dispositivo de infecção por ultravioleta.

Para melhorar a eficiência do sistema de tratamento e o uso sustentável do biossólido gerado, estes projetos apresentam as seguintes características: maximização da eficiência do tratamento anaeróbio no UASB, com uso da biotecnologia; maximização da eficiência do processo de nitrificação e desnitrificação do BAS; e vermecompostagem do resíduo (lodo) gerado no UASB, para atendimento agronômico e verificação do grau de impactação das minhocas utilizadas para provável aproveitamento na alimentação animal.

Tecnologia de ponta
O UASB é uma tecnologia de tratamento biológico de esgoto baseado na decomposição anaeróbica da matéria orgânica. Este sistema consiste em uma coluna de escoamento ascendente, composta de uma zona de digestão, uma zona de sedimentação e o dispositivo separador de fases: gasoso, sólido e líquido. O esgoto, quando entra no reator e após ser distribuído pelo seu fundo, segue uma trajetória ascendente, desde a sua parte mais baixa, até encontrar a manta de lodo, onde ocorre a mistura.

A biodegradação e a digestão anaeróbica do conteúdo orgânico, tendo como subproduto a geração de gases metano, carbônico e sulfídrico são o principio do funcionamento. O reator encontra-se na digestão de matéria orgânica por bactérias, desta maneira o lodo encontra-se em constante crescimento no reator, sendo que de tempos em tempos necessita de descarte.

O BAS compreende um reator biológico de culturas bacterianas que são fixadas em camada suporte. Trata-se de uma modalidade de tratamento cujas principais características são a existência de um leito suporte para a adesão de microorganismos e de um sistema de aeração por ar difuso. O custo para implantar este equipamento é relativamente baixo, sendo que seu monitoramento operacional é bastante simplificado. “Estes reatores estão sendo empregados em diversas estações de tratamento do País, porque contribuem para uma elevada eficiência de remoção de matéria orgânica, em uma reduzida demanda de espaço”, detalha o presidente do SAAE, Eduardo Cotrim.

(25/01/08)
 
 

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