» ETE MONJOLINHO: SAAE INVESTE PARA IMPLANTAR ÁREA FLORESTAL PDF Imprimir E-mail


Depois de concluída a licitação, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) contratou a empresa Antonio Bestana Neto, de Barra Bonita, para executar os serviços de implantação florestal nas áreas de preservação permanente da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho. Ao custo de R$ 82.580,00 será formada uma reserva legal no cinturão verde da ETE, com o fornecimento de mudas, mão-de-obra e manutenção do espaço reflorestado.

“Com a nova consciência verde que está sendo transmitida para todo o planeta, não basta apenas construir obras, mas sim analisar o seu impacto ambiental e planejar uma forma de não agredir nosso ecossistema”, enfatiza o diretor-geral do SAAE, Eduardo Cotrim. O projeto prevê o plantio de 8.605 mudas de plantas de espécies nativas, mais a coroação e adubação das árvores nativas que existem nas áreas. As áreas serão completamente limpas, controlando a proliferação de formigas cortadeiras e realizando o coroamento do terreno para abertura das covas.

A empresa contratada será responsável pelos processos de irrigação (necessário até o crescimento das mudas), replantio (avaliação do índice de mortalidade após 45 dias de plantio), adubação (após 90 dias de plantio) e manutenção pelo período de 17 meses (evitar entrelinhas livres de plantas invasoras). “O detalhamento técnico desta programação atrasou nosso cronograma de conclusão da estação, mas o benefício ambiental será eterno para a qualidade de vida de nossa sociedade”, enfatiza o diretor da autarquia.

Aquecendo a economia local
Atingindo o patamar de 75% de sua construção total, a obra da ETE está empregando cerca de 300 trabalhadores coordenados pelo consórcio Delta-Araguaia. Este projeto torna possível a reativação de três cachoeiras do rio Monjolinho, criando um parque ambiental na primeira estação de energia do Estado de São Paulo. Englobando toda sua estrutura física e logística, a construção da ETE estará pelos próximos cinco anos melhorando o fluxo contábil da economia são-carlense, com a presença de obras em diversos pontos da cidade, com a instalação de interceptores e sifões, responsáveis pelo efetivo transporte do esgoto.

Ao custo em torno de R$ 47 milhões, o projeto foi elaborado em sistema modular acompanhando o crescimento demográfico de São Carlos pelo período de 50 anos. A primeira etapa tratará 100% do esgoto gerado no município, com uma vazão de 600 litros por segundo. Atualmente, são despejados no córrego do Monjolinho cerca de 500 l/s. A segunda etapa deverá ser implantada em 2015, prevendo-se o tratamento de 1.000 l/s. Estimando-se uma população de 500 mil habitantes, a terceira etapa deverá ser projetada a partir de 2055, com capacidade para tratar 1.270 l/s. “Nesta época de fim de ano, os comerciantes são-carlenses terão um expressivo aumento no dinheiro circulante, contabilizando o 13º salário de todos os empregados desta estação”, calcula Cotrim.

(26/11/07)