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Queima de fogos após a contagem
regressiva. (Clique na imagem para
ampliar)Almir Sales.
Diversos eventos marcaram a grande festa de aniversário dos 150 anos de São Carlos. A cidade ganhou de presente o Hospital-Escola Municipal “Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci” e o novo Paço Municipal. Apresentações culturais e cívicas também não faltaram na programação, como o desfile de aniversário, os shows de Jorge Ben Jor, da Banda Doce Veneno e da dupla Rud & Robson e a apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais, além dos eventos religiosos. Mas toda essa festa só foi completa porque contou com a efetiva participação dos são-carlenses: cerca de 100 mil pessoas prestigiaram as comemorações.

A QUEIMA DE FOGOS NO DIA 4 FOI UM DOS PRINCIPAIS MOMENTOS DA FESTA

Cerca de 100 mil pessoas acompanharam os eventos em comemoração ao Sesquicentenário de São Carlos. Somados apenas o público do show de Jorge Ben Jor, do desfile no dia 4 de novembro e do show da dupla Rud & Robson, foram 80 mil pessoas, segundo estimativas oficiais da Polícia Militar. O restante do público está dividido nas inaugurações do Hospital-Escola e do Paço Municipal, na apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais e nos eventos religiosos que ocorreram no domingo de aniversário.

O desfile cívico militar do Sesquicentenário contou com a expressiva participação de aproximadamente seis mil pessoas, entre integrantes de escolas, bandas, entidades e demais organizações. Foram 71 apresentações, entre blocos, carros caracterizados e bandas. A duração do desfile foi de quase 3 horas, com início por volta das 9h30 e término às 12h30.

Toda essa festa, na sua grande parte organizada pela Prefeitura e pela OSCIP São Carlos Presente e Futuro, foi abrilhantada pela participação do público, que, como frisou o prefeito Newton Lima, em seu discurso no hasteamento das bandeiras no dia 4, na Praça Coronel Salles, foi emocionante, porque as pessoas que participaram, principalmente do show da virada, estavam orgulhosas de ser são-carlenses. “A família são-carlense assumindo o comando dos seus destinos, sabendo o muito que foi feito e o muito que há por fazer”, registrou.

Newton Lima foi feliz também ao dizer, em várias oportunidades, que uma das principais conquistas de seu governo foi resgatar a auto-estima do povo de São Carlos. “As pessoas estão felizes por morar em São Carlos”, disse mais de uma vez. Com as comemorações dos dias 3 e 4 encerradas, o prefeito recebeu uma série de e-mails, telefonemas e cumprimentos nas ruas dando os parabéns pelas festividades.

Um desses e-mails dá os parabéns pela gestão e pelas comemorações dos 150 anos ao prefeito. No entanto, um detalhe o diferencia dos demais: anexado veio uma bela foto, a mesma que ilustra essa matéria, feita por um fotógrafo que reconhece ser amador, mas que registrou um dos principais momentos do Sesquicentenário: a queima de fogos logo após a contagem regressiva à zero hora do dia 4 de novembro.

O fotógrafo chama-se Almir Sales e é professor da Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Embora insista em dizer que é amador, Almir pensou nesta foto desde a manhã do sábado. Sabia que haveria queima de fogos e, pouco antes, foi até sua casa, que fica no 16º andar de um prédio na rua Major José Inácio. “Eu não tenho equipamentos profissionais, mas coloquei a máquina sobre uma mesa e fiz várias fotos”, explicou.

Casado, 44 anos, pai de uma filha de 16, Almir tem experiência no registro de imagens de fogos de artifício. “Sempre admirei”. Ele é natural de Santos, está em São Carlos desde 1981, e lá sempre acompanhou os festejos do Ano-Novo. “Nunca fiz do alto as fotos, pois estava na praia para pular as ondas, e aí a fumaça atrapalha”, lembra. “Dessa vez eu estava na festa e então resolvi ir para casa fazer as fotos”, comenta.

O professor de Engenharia, graduado na própria UFSCar, mestre pela Arquitetura da USP São Carlos e doutor pela USP São Paulo e atual coordenador de Pós- graduação da Engenharia Civil, conta que apesar de fotografar de forma amadora, suas fotos já foram usadas por amigos como descanso de tela no computador. Como a história de Almir deve haver muitas outras, mas o que realmente importa é que pela foto do engenheiro mostra que o encanto do Sesquicentenário conseguiu sensibilizar os moradores da cidade. Funcionários da Prefeitura e terceirizados, músicos e demais pessoas diretamente envolvidas com os festejos já estavam encantados, mas a grande expectativa era saber se o momento mágico dos 150 anos atingiria também as pessoas que tinham como dever apenas curtir a festa.

Para os poucos funcionários da Prefeitura que já puderam apreciar a foto do Almir, a expectativa foi respondida, pois ao agradecer pelos festejos ele proporcionou um grande presente para a cidade, uma bela foto, que de amadora não tem nada, e que deve encantar muitas pessoas ainda. Parabéns a você, Almir, e em seu nome a todos os cidadãos que contribuíram com este momento.

(07/11/07)