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UPA recicla 200 kg de resíduos de saúde por mês.



INICIATIVA PRESERVA MEIO AMBIENTE E GERA ECONOMIA

Com o objetivo de definir um planejamento correto no descarte dos resíduos de saúde, os funcionários da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da avenida São Carlos implantaram há 4 meses um plano de reciclagem de resíduos infectantes, perfurocortantes e lixo comum.

O plano compreende diversas etapas de coleta seletiva destes resíduos com ações desde o manejo em sua geração, segregação, acondicionamento sendo descartados em recipientes adequados para cada tipo de lixo e recolhidos por funcionários da Cooperlimp (cooperativa de limpeza da UPA), até o armazenamento e venda, cumprindo a resolução RDC nº 306 de dezembro de 2004, legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde determinando que os estabelecimentos prestadores são responsáveis pelos correto gerenciamento dos resíduos por eles gerados, até a destinação final.

Semanalmente, são separados para reciclagem na UPA da avenida São Carlos 40 quilos de material que dependendo da categoria chegam a gerar uma renda de R$ 100/mês revertidos em benefício da própria unidade de saúde. Os funcionários da UPA foram treinados por meio de palestras e orientação da equipe do Programa Municipal de Redução e Controle de Resíduos – Futuro Limpo, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia e que engloba também, além do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, a coleta seletiva, coleta de material compostável, de resíduo de construção civil, todos importantes no conjunto de ações de preservação do meio ambiente, geração de renda e na garantia da qualidade da saúde pública.

Aparecida de Lourdes Chinez, membro da comissão de reciclagem de resíduos na UPA, reforça que dentro da unidade existem dois tipos de lixo, o contaminado (com secreção) ou perfurocortante (agulhas) que são depositados em recipientes ou embalagens especiais, e o material reciclável como lençol de papel, tubete da agulha, frasco plástico do soro, papel toalha, papelão das caixas de medicamentos que são selecionados e armazenados em uma repartição do lado externo da UPA. “Com a iniciativa, o meio ambiente agradece e o trabalho conscientizado da equipe está trazendo benefícios desde o médico até o pessoal da limpeza, que podem reunir recursos para melhorar as condições de trabalho e aparelhamento da unidade”, disse.

Francisco Luiz Neo, chefe de divisão administrativa da UPA, explica que há um critério rigoroso na separação do material em categorias, porque antes o material bruto era descartado como resíduo hospitalar e encaminhado para incineração em Campinas a um custo de R$ 3 mil a tonelada para o município. “Hoje com a separação do material reciclável do contaminado há uma economia de recursos para a Prefeitura e o material vendido para a iniciativa privada arrecada recursos que depois de analisados por uma comissão de funcionários define as prioridades e são aplicados em benefício da própria unidade de pronto-atendimento”, comemora.

Treinamento
O assessor de gerenciamento dos resíduos de saúde, Eduardo Martins, explica que foi feito um treinamento com os profissionais da área de saúde tanto público como privado para que eles pudessem ter conhecimento técnico para elaborar o plano de gerenciamento e manejo adequado dos seus resíduos de saúde. A ação compreende também outras unidades de saúde, hospitais e clínicas odontológicas, veterinária, médicas da cidade.

Martins diz que “toda iniciativa de coleta seletiva é importante porque o material separado pode ser reaproveitado, gerar renda para o próprio estabelecimento e promover a médio e longo prazo o ganho ambiental, já que o material deixa de poluir, não vai para o aterro sanitário, é revertido em matéria-prima e acaba voltando para a cadeia produtiva”.

O Programa Futuro Limpo abrange hoje cerca de 400 estabelecimentos na cidade com tratamento correto dos resíduos de saúde que muitas vezes eram encaminhados ou acondicionados inadequadamente em embalagens impróprias, podendo gerar um problema de saúde pública e ambiental.

Saiba mais
Os estabelecimentos de saúde geram de 30 a 32 toneladas de resíduos por mês e estima-se que 90% destes resíduos possam ser tratados como lixo comum.

- O que é lixo comum: papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia, equipo do soro e outros similares não classificados como infectantes: sobras de alimentos e do preparo, resíduos provenientes das áreas administrativas, de varrição, flores, podas e jardins.

- Resíduos infectantes: Restos de fabricação de produtos biológicos, descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados, kits de linhas arteriais, recipientes contendo sangue, peças anatômicas (órgãos e tecidos, resíduos com suspeita de contaminação com príons ou contaminação biológica por agentes de alta relevância epidemiológica)

- Resíduos químicos: Materiais contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade.

- Resíduos perfurocortantes: Lâminas de barbear, agulhas (e suas seringas), escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório.

(19/10/07)
 
 

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