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Prefeitura apresenta projeto em fórum estadual.



PROJETO É MAIS HUMANO E EFETIVO PARA TRATAR DOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

A diretora do Departamento de Proteção Animal, Renata Grotta D’Agostino, irá apresentar experiências de controle animal que estão sendo desenvolvidas no município, cujas diretrizes são traçadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento. Esta explanação acontecerá no II Fórum sobre Controle de Populações de Cães e Gatos do Estado de São Paulo, nos dias 22 e 23.

Este evento é destinado aos profissionais, autoridades e sociedade civil organizada, envolvidas direta ou indiretamente com o trabalho de combate a zoonoses e no cuidado com animais domésticos. “A superpopulação de cães e gatos é uma realidade na maioria dos municípios brasileiros, onde a falta de um efetivo controle provoca riscos à saúde, atropelamentos, acidentes por mordedura e acidentes de trânsito”, explica Renata.

Com o intuito de evitar a captura ou a eutanásia de cães e gatos, a Prefeitura de São Carlos decidiu adotar uma política de controle populacional baseado nas seguintes características: esterilização cirúrgica e definitiva, responsabilização dos proprietários, recolhimento seletivo e investimentos na educação e conscientização da população.

Ao longo de sete anos, este modelo conseguiu reduzir os riscos inerentes a animais errantes, minimizar os custos do poder público, modificar a cultura dos munícipes em relação aos animais de estimação, envelhecer as populações de cães e gatos visando à diminuição da reposição e manter os animais imunizados contra as principais zoonoses. “Desde o primeiro dia de seu governo, o prefeito Newton Lima determinou um sistema de controle que não maltratasse os cães e gatos, sendo integrado com um amplo projeto de informação aos donos”, relembra o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Sérgio Dutra.

A primeira medida adotada foi abolir a figura da tradicional “carrocinha”, preferindo utilizar um sistema de controle de natalidade e conscientização dos proprietários. O programa oferece informações sobre a propriedade responsável de animais domésticos, serviços de esterilização a baixo custo ou gratuita, no caso de famílias com baixo poder aquisitivo.

A Câmara Municipal aprovou um projeto de lei, da vereadora Laíde Simões, em que o abandono é punido com multa e o proprietário que alega não ter condições de cuidar de seu animal se compromete com o poder público, por meio de um termo de compromisso, a não adquirir outros animais. Esta lei também permite o convênio com entidades de proteção animal e clínicas veterinárias, que recebem do município todo o material necessário para as cirurgias de esterilização.

Em contrapartida, as clínicas conveniadas cobram preços populares para a realização de tais procedimentos. O proprietário procura diretamente a clínica de sua preferência e o pagamento é efetivado no próprio estabelecimento. Não existe qualquer tipo de triagem e as clínicas podem optar por aderir ou não ao programa. Os preços variam de R$ 30,00 (gato) a R$ 90,00 (cadela acima de 45 kg). Nos bairros com maior índice de pobreza é realizado um cadastramento para o atendimento gratuito.

Os interessados em esterilizar seus animais recebem orientações sobre o pré e o pós-operatório, onde os cães ou gatos são avaliados e vermifugados. Em mutirões no próprio bairro ou através do recolhimento casa a casa, médicos veterinários da Prefeitura realizam o processo de esterilização, sendo que os animais também são vacinados e identificados com coleira, plaqueta numerada, “tatuagem” (que indica que o animal já foi esterilizado) e microchip. O método cirúrgico é minimamente invasivo, sem pontos externos e demanda poucos cuidados pós-operatórios.

Esse procedimento conta com uma efetiva colaboração da Arca de São Francisco e da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), que possui uma rede de voluntários e todos os equipamentos específicos e materiais necessários para a cirurgia. “É muito importante elogiar o apoio da vereadora Laíde neste projeto, pois ela sempre fez uma militância na cidade pelo bem-estar dos animais de estimação, além de criar leis importantes de proteção e controle”, agradece o secretário Dutra.

Resultados
O programa de castração a baixo custo, implementado em 2003, já realizou mais de duas mil cirurgias, e os proprietários que não freqüentavam clínicas veterinárias particulares tiveram a oportunidade de obter orientações sobre os cuidados com higiene, alimentação e vacinação. Somando todos os programas desde 2001, a Prefeitura já esterilizou aproximadamente 11 mil animais domésticos, tendo como conseqüência direta a redução no número de filhotes abandonados.

Através do questionário aplicado anualmente durante a Campanha de Vacinação Contra Raiva Animal foi analisado um novo perfil da população de cães e gatos. Há uma tendência nítida ao aumento do número de animais esterilizados (20% das cadelas e 60% das gatas vacinadas são esterilizadas) e um aumento real da expectativa de vida. “Ao exterminar com a carrocinha e a eutanásia, o município obteve uma economia significativa de R$ 150,00 por animal”, contabiliza a diretora do Departamento de Proteção Animal.

Os animais castrados apresentam comportamentos mais compatíveis com a convivência com os seres humanos. Os machos deixam de urinar pelos cantos para demarcar território, além de terem o odor da urina diminuído. Deixam de se interessar pelas fêmeas, diminuindo assim fugas e brigas com indivíduos da mesma espécie. Nas fêmeas, a esterilização elimina os transtornos do cio, sangramentos, fugas e crias indesejadas. “Animais com uma expectativa de vida maior criam laços mais fortes com a família, o que parece diminuir a tendência ao abandono e a renovação desta população”, observa Renata.

(19/10/07)
 
 

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