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Oficinas preparam para a busca de trabalho.



TRABALHADOR É PREPARADO PARA ENCARAR ENTREVISTAS DE EMPREGO

Silvana dos Santos formou-se em enfermagem no ano passado, mas até agora não conseguiu ingressar no mercado de trabalho. Ela se considera tímida e afirma que esse é um dos fatores que contribuem negativamente no momento da entrevista. “O nervosismo estraga. Em muitas entrevistas não consegui transmitir segurança e confiança. Tenho certeza de que isso influenciou para não conseguir um emprego”, confessa.

Em uma das muitas visitas que fez ao Balcão de Empregos, um cartaz chamou sua atenção. Nele, o convite para participar de uma oficina em que candidatos são preparados para entrevistas de emprego. A oficina acontece às sextas-feiras e tem oito horas de duração. Segundo a psicóloga Rosemary Duarte, a iniciativa de treinar os trabalhadores começou em 2003 e todas as semanas 15 pessoas são atendidas. “Nesses quatro anos as oficinas têm conseguido resultados positivos de pessoas que melhoraram sua postura diante do entrevistador e, conseqüentemente, voltaram ao mercado de trabalho”, observa.

Rosemary explica que ao ficar muito tempo desempregado o trabalhador pode perder o foco dos seus objetivos profissionais. “O desespero bate e a pessoa não sabe o que deseja para sua vida profissional, então quando o desempregado participa da oficina e enxerga essa deficiência amplia suas chances de conseguir um trabalho”, acredita.

A oficina é dividida em duas fases. Na primeira o aluno participa de discussões sobre suas habilidades básicas e específicas para desempenhar a função de interesse. Depois participa de análises de comunicação verbal e escrita, além de receber dicas, inclusive sobre a aparência física. “A primeira impressão é a que fica e procuramos fazer com que o candidato ao emprego deixe a melhor impressão perante o empregador”, relata Rosemary.

Segundo ela, o curso busca estimular a pessoa a refletir sobre os problemas enfrentados nas entrevistas, bem como resgatar o autoconhecimento. “No final pedimos para que o aluno que obteve sucesso através da oficina volte e conte a sua experiência para incentivar e motivar quem participa. E isso tem acontecido constantemente”, completa.

O chefe de divisão do Balcão de Empregos, órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia da Prefeitura, espera uma ampliação no número de vagas da oficina. Rafael Gustavo de Souza salienta que a idéia do curso é contribuir para melhorar a auto-estima dos desempregados e ajudá-los efetivamente a dominar os requisitos solicitados pelos empregadores. “O Balcão de Empregos não se restringe a expor um quadro com vagas de empregos. Buscamos sempre melhorar as condições de empregabilidade do trabalhador são-carlense”, acrescenta.

Vagas em ascensão
Adotando a política de melhorar a qualificação do trabalhador são-carlense, o Balcão de Empregos tem conseguido resultados expressivos de recolocação de trabalhadores no mercado. Comparando o número de vagas oferecidas de 1999 a 2007, nos sete primeiros meses de cada ano, houve um crescimento de 157,8%. De acordo com os dados obtidos pelo próprio balcão, em 1999 a cidade havia oferecido 985 vagas, uma média de 140,7 vagas por mês. Neste ano foram 2.540. A média subiu para 362,8.

As admissões em São Carlos também respondem satisfatoriamente, de acordo com Rafael. Desde 2002 houve um crescimento de 50%. Só o Balcão de Empregos, hoje, responde por 15% das contratações que acontecem no município. “Começamos a acompanhar esses números há cinco anos e pudemos perceber que houve um crescimento contínuo de trabalhadores atendidos e um aumento significativo de contratações, por meio da nossa intermediação”, acentua Rafael.

O chefe de Divisão do Balcão aponta algumas novidades previstas a ser implantadas pela unidade nos próximos dois anos. Uma delas é a criação do Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência, que auxiliará a inserção desse grupo de pessoas no mercado de trabalho, por meio de cadastramento, oferta de cursos de qualificação profissional, desenvolvimento de análises de postos de trabalho e aperfeiçoamento do processo de intermediação de vagas de emprego para pessoas com deficiência. “Temos certeza de que com a implantação do programa vamos ter um avanço significativo na inserção desse grupo de trabalhadores no mercado de trabalho”, acredita.

Outra ação prevista é a participação do Balcão de Empregos na Rede de Atendimento à Mulher. “A seção da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, que atende a mulher, está formando uma rede de ações de atendimento preferencial para colocá-las ou recolocá-las em um trabalho digno”, acrescenta.
O Balcão de Empregos também vai dedicar um espaço informativo em que os trabalhadores vão saber de todas as iniciativas que proporcionem o complemento do seu grau de escolaridade, além de incentivá-los a melhorar a qualificação profissional.

Passe emprego
Rafael destaca que o Passe Emprego também é um diferencial que veio complementar o serviço prestado pelo Balcão de Empregos. Implantado em maio de 2006, o programa atende pessoas desempregadas cadastradas na unidade e que buscam a recolocação no mercado de trabalho ou requalificação profissional. Já distribuiu mais de 95 mil vales-transporte e beneficia 1.500 trabalhadores desempregados. Em 14 meses foram investidos mais de R$ 165 mil. “A oficina de preparação para entrevistas e o Passe Emprego se completam na função de oferecer melhores condições para o trabalhador encontrar um emprego”, confia.

“O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e oferecendo condições ao trabalhador de se qualificar estamos contribuindo para melhorar o ambiente empregador de São Carlos”, lembra o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Emerson Leal. As inscrições para as oficinas de capacitação de trabalhadores devem ser feitas na Casa do Trabalhador, à Praça Coronel Salles. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3376-4425.

(06/08/07)
 
 

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