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Com inauguração marcada para novembro deste ano, 70% da obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho já está concluída. Estão em fase final a instalação das tubulações, o planejamento das fundações, estruturas e a fabricação de equipamentos. Ao custo de R$ 47 milhões, o projeto foi elaborado em sistema modular, acompanhando o crescimento da cidade pelo período de 50 anos. A primeira etapa tratará 100% do esgoto do município.



CONSTRUÇÃO DA ETE É UM PRESENTE PARA A CIDADE NA COMEMORAÇÃO DOS 150 ANOS

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho já atingiu o índice de 70% de sua construção total. Contratado via processo licitatório pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), o consórcio Delta Araguaia empregou cerca de 300 trabalhadores e está seguindo todos os detalhes técnico-operacionais do cronograma estabelecido. Segundo o relatório da Serviços de Engenharia Consultiva Ltda. (Serec), responsável pelo gerenciamento da obra, a instalação das tubulações bem como o planejamento das fundações, estruturas e fabricação de equipamentos estão em fase de conclusão.

Em seguida, será traçado todo o sistema viário e de paisagismo, assim como os processos de acabamentos e montagem dos maquinários. “É importante destacar o empenho da Serec e da Delta, que estão trabalhando com imenso dinamismo, apresentando um projeto de alto padrão qualitativo do setor de construção civil”, elogia o diretor-geral do SAAE, Eduardo Cotrim.

Como presente de 150 anos para São Carlos, a ETE irá melhorar todo o ecossistema da região, com a perspectiva de um rio limpo e um parque ambiental na primeira estação de energia do Estado de São Paulo. Englobando toda sua estrutura física e logística, a construção da ETE estará, pelos próximos cinco anos, melhorando o fluxo contábil da economia são-carlense, com a presença de obras em diversos pontos da cidade.

Ao custo de R$ 47 milhões, o projeto foi elaborado em sistema modular, acompanhando o crescimento demográfico de São Carlos pelo período de 50 anos. A primeira etapa tratará 100% do esgoto gerado no município, com uma vazão de 600 litros por segundo. Atualmente, são despejados no córrego do Monjolinho cerca de 500 l/s. A segunda etapa deverá ser implantada em 2015, prevendo-se o tratamento de 1.000 l/s. Estimando-se uma população de 500 mil habitantes, a terceira etapa deverá ser implementada a partir de 2055, com capacidade para tratar 1.270 l/s. “A principal vantagem deste sistema é que ele reduz significativamente o custo da obra, cuja expansão está interligada diretamente ao crescimento demográfico”, enfatiza o diretor do SAAE.

Tecnologia
O processo de tratamento da ETE também foi elaborado por etapas. A primeira fase apresentará um conjunto de ações que permite a remoção de 90% de DBO dos esgotos brutos e a produção de um efluente tratado com concentração de oxigênio dissolvido no mínimo em 7 mg/l. Em seguida, o esgoto passaria pelos reatores UASBs, flotação por ar difuso e uma pós-aeração. Os lodos excedentes serão encaminhados para desidratação mecânica, sendo encaminhados para os aterros sanitários.

Essa fase apresenta as seguintes unidades: caixa de entrada para a chegada do esgoto bruto; sistema de dosagem de soda; módulo de tratamento preliminar formado por grades grosseiras e finas, caixas retentoras de areia e gordura, reator e controlador de odores; dois módulos de UASBs composto por quatro reatores operando em paralelo; sistema para queima de biogás; unidade para dosagem e mistura rápida de coagulantes no esgoto afluente; dois floculadores mecanizados; dois flotadores de ar difuso, circulares e com remoção mecanizada; uma casa de saturação para produção de água saturada com ar necessária à flotação; uma calha Parshall para medição de vazão do efluente final; uma escadaria hidráulica para pós-aeração; três elevatórias de lodo flotado; casa de desidratação de lodos; elevatória de drenagem; uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para produzir água para uso interno da ETE; um reservatório com câmaras independentes de água potável e água de serviço; e unidades auxiliares tais como: portaria, casa de operação e edificações necessárias ao sistema elétrico de instrumentação.

“Ao ser concluída, esta estação irá gerar cerca de 50 novos empregos”, informa Cotrim. A segunda etapa englobará a complementação de um sistema de lodos ativados após reatores UASBs em conjunto com a unidade de desinfecção com luz ultravioleta no afluente final. O lodo flotado seria continuamente recirculado para a entrada dos tanques aeração e o material excedente seria enviado para desidatração. O sistema de desinfecção seria introduzido entre a flotação e a pós-aeração. Cada módulo será formado por um reator UASB, um tanque de aeração, um floculador e um flotador.

“Esta obra é tão importante que, além de quitar uma dívida ambiental de 150 anos, ela se transformará num dos principais motivos para atrair mais indústrias para São Carlos, gerando empregos e ativando o crescimento de nossa economia”, observa o prefeito Newton Lima. “Além de beneficiar São Carlos, esta estação estará melhorando o meio ambiente de toda nossa região, já que o rio Monjolinho, que recebe o nosso esgoto atualmente, desemboca em diversos municípios vizinhos”, complementa.

(26/07/07)
 
 

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