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Conselho discutiu a instalação de um CDP.



A POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO FOI APROVADA POR UNANIMIDADE

O Conselho Municipal de Segurança aprovou, por unanimidade, a possível construção de um CDP (Centro de Detenção Provisória) em São Carlos. No entanto, o prefeito Newton Lima, na condição de presidente do Conselho, vai discutir a construção da unidade prisional que atenda apenas os presos do município. Hoje, um CDP possui 768 vagas para detentos; a cidade tentará trazer um centro que receba de 380 a 400.

Também ficou decidido que o município vai solicitar que o Estado assuma toda a infra-estrutura necessária para a vinda do centro de detenção e que o prédio da cadeia pública seja destinado às delegacias de investigações gerais e de entorpecentes (DIG/Dise). Participaram dos debates, além do prefeito Newton Lima, o juiz-corregedor da Cadeia Pública, André Luiz de Macedo, o comandante do 38º da Polícia Militar, tenente-coronel João Donizetti Scozzafave, e o delegado Edmundo Ferreira Gomes, que representou Marcos César Borges, delegado seccional de São Carlos. Também estiveram presentes o secretário de Governo João Muller, o secretário de Planejamento e Gestão João Pedrazzani, o vereador Rubens Maciel e os juízes Antonio Benedito Morello e João Baptista Galhardo Júnior.

Durante sua explanação, o juiz André Luiz de Macedo fez questão de reforçar que sempre foi defensor da vinda de um Centro de Ressocialização para São Carlos, entretanto, diante da impossibilidade imposta pelo governo do Estado, o juiz entende que a cidade necessita de uma unidade prisional, pois o Poder Judiciário está sendo prejudicado com esse impasse.

Ele citou que algumas audiências no Fórum Criminal da cidade tiveram de ser adiadas, pois não existiam viaturas e policiais para escoltar presos para o fórum da cidade. “Defendo a construção de um CDP menor. Nós precisamos cuidar dos nossos presos e não dos de outras regiões. Essa não é a solução adequada”, explicou, referindo-se aos centros de detenção, que foram construídos com a capacidade máxima e acolhem presos de vários locais do estado.

Sobre a falta de escolta, tema abordado pelo juiz-corregedor, o delegado Edmundo salientou que 31 investigadores da Polícia Civil vão se empenhar para não prejudicar o Judiciário. O comandante da Polícia Militar destacou a seriedade que a questão prisional é tratada pela cidade. Ele espera que o prefeito Newton também pleiteie, caso o governo aceite a proposta de um CDP reduzido, um pelotão ou agentes de escolta para não sobrecarregar o trabalho dos policiais militares e civis. “As polícias Militar e Civil não podem ter o seu trabalho de investigação e combate à criminalidade prejudicados”, endossou.

Para o prefeito Newton Lima, o Conselho Municipal de Segurança construiu uma proposta consensual, junto às autoridades presentes à reunião. “Trata-se de um assunto de extrema gravidade e o Conselho de Segurança soube tratá-lo com maturidade. Vamos solicitar uma audiência com o governador José Serra para mostrar o que a população deseja para São Carlos, que é a construção de um CDP que atenda apenas os presos locais”, acrescentou.

(06/07/07)
 
 

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