» TRADIÇÕES BRASILEIRAS PDF Imprimir E-mail

Festa das Nações começa nesta sexta.

Banda de Pífanos de Caruaru.Godap.
BANDA DE PÍFANOS DE CARUARU FAZ SHOW NA ABERTURA

Integrando a programação comemorativa dos 150 anos cidade será aberta nesta sexta, dia 29, às 19h, na Praça do Mercado (Praça “Maria Apparecida Resitano”), a “Festa das Nações: tradições brasileiras”, organizada pela Prefeitura em parceria com a Associação Presente e Futuro. A primeira atividade cultural da noite será a apresentação de danças folclóricas e forró pelo Grupo Olimpiense de Danças Parafloclóricas (Godap). Em seguida, será a vez do show da Banda de Pífanos de Caruaru, um dos mais importantes grupos folclóricos do país. A festa continua no sábado e termina na noite de domingo.

Na sexta, as barracas de alimentação e artesanato funcionam das 19h às 22h. No sábado e domingo, dias 30 e 1º de julho, o horário de funcionamento será das 16h às 22h. Nas barracas de comidas regionais, o público poderá degustar sabores de várias regiões brasileiras, desde churrascos, arroz carreteiro e feijão tropeiro, a bobó de camarão, passando por moquecas e acarajés, escondidinhos, vaca atolada e tutu de feijão, pão de queijo, galinhada, chica doida ou feijoada. E para adoçar a boca haverá, entre outros, pés-de-moleque, cocadas, paçocas, pamonha e curau.

No sábado, as atrações culturais da “Festa das Nações: tradições brasileiras” serão as apresentações de quadrilhas e danças regionais com o Grupo de Maracatu São Carlos e o Grupo Caçula de Catira, de Bauru, além do show, às 20h, do grupo Sonidos del Alma Gaúcha. No domingo, haverá apresentações de música de raiz e sertaneja, com as duplas Jamil e Toninho, de São Carlos, e Lenoval & Loverci, de Dourado, e exibições folclóricas da Companhia de Folia de Reis Estrela Guia e da Academia Ativa. A partir das 20h, o público poderá conferir o show de Renato Teixeira.

Godap
Criado em 1966, a partir de um trabalho de pesquisa de abrangência nacional coordenado pela professora Maria Aparecida de Araújo Manzolli, o Grupo Olimpiense de Danças Parafolclóricas (Godap) foi formado para fazer apresentações durante os festivais de folclore realizados em Olímpia. A formação pioneira foi denominada “Pau de Fitas” e, posteriormente, “Cidade Menina Moça”.

O repertório inclui danças folclóricas de quase todos os estados brasileiros, com ênfase às danças paulistas. O Corpo de Dança é de 80 bailarinos e o Grupo Instrumental tem 15 músicos. Mais de 2.500 jovens já participaram do grupo, que faz cerca de 30 apresentações anuais, perfazendo até agora mais de 1.300 exibições.

Banda de Pífanos de Caruaru
A história do grupo começa em 1924, quando o caboclo Manoel Clarindo Biano herdou de seu pai quatro instrumentos: um bombo (tambor afinado a corda), um prato e dois pífanos de taboca. Mais do que os instrumentos, Manuel herdava a obrigação de não deixar morrer a tradicional Zabumba Cabaçal, criada por seu avô, e que seu pai preservava com todo o carinho. Portanto, tratou logo de ensinar os antigos toques aos filhos Sebastião, de 5 anos, e Benedito, de 11.

Depois, recrutou o amigo Martinho Grandão pra assumir a caixa e o próprio Manoel se ocupou do bombo. O grupo começou sua trajetória acompanhando rituais religiosos e festas tradicionais dos sertões pernambucano e alagoano e atravessou o século difundindo os costumes e folclores da região, tendo como instrumento principal o pífano, ou “pife”, uma espécie de flauta transversa de madeira, rústica e com afinação pouco precisa.

Na segunda metade dos anos 60, a Banda de Pífanos de Caruaru teve seus arrasta-pés ouvidos e admirados por figuras em ascensão da música popular brasileira da época, como Gilberto Gil e Jards Macalé. Antes de morrer, Manoel deixou aos filhos a incumbência de darem continuidade à tradição da banda. Em 1972, gravou o primeiro LP, “Banda de Pífano Zabumba Caruaru”. Foi então que a banda, em São Paulo, participou de documentários, espetáculos e de discos de outros artistas.

A banda continuou e ao longo dos tempos viria a gravar mais discos e com eles ser reconhecida no cenário musical nacional e internacional, conquistando prêmios do porte do Grammy Latino, na categoria Melhor Grupo Regional de Raiz, com o disco “Banda de Pífanos de Caruaru: no Século XXI”, em 2004.

O grupo é hoje o mais importante no gênero, com apresentações em importantes festivais na Europa. Influenciou outros grupos e artistas, como Quinteto Violado e Alceu Valença. No seu repertório figuram temas do folclore nordestino, como “A briga do cachorro com a onça”, canções próprias como “Bianada na Roça” e temas mais recentes, como “Feira de Mangaio” (de Sivuca e Glorinha Gadelha).

(28/06/07)
 
 

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