| » DOCUMENTÁRIO “O LIVRO ENCARNADO” SERÁ LANÇADO NA QUARTA |
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  O vídeo “O Livro Encarnado”, baseado na obra “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, será lançado na quarta, dia 30, às 19h30, no auditório da Fundação Pró-Memória, da Prefeitura (antiga Estação Ferroviária, Praça Antônio Prado, s/nº), com entrada franca a todos os interessados. Após a exibição do documentário, de 27 minutos, produzido pelo Teatro Poronga, será realizada uma mesa-redonda sobre a vida e obra de Euclides da Cunha com a participação do diretor e roteirista do vídeo, Lefér Guimarães, Álvaro Netto, da Casa Euclides da Cunha de São José do Rio Pardo, e o Prof. Dr. Francisco Foot Hardman, da Universidade Estadual de Campinas, que atua na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, e é autor de cerca de duas dezenas de livros. E durante o mês de junho, uma série de oficinas gratuitas aprofundará a discussão da temática euclidiana. O documentário O vídeo registra trechos de passagem de texto do ator José Celso Martinez Correia, durante ensaio aberto da peça “Os Sertões”, além de entrevistas com o próprio ator, com o professor Marco Villa, da Universidade Federal de São Carlos, autor de uma obra sobre Euclides da Cunha, e com o pesquisador Marco Antônio Leite Brandão. O título usa a expressão “encarnado” no sentido de “na carne”. As palavras do próprio Zé Celso, durante os ensaios –“eu quero que esse texto entre mais no meu sangue” – explicam a escolha do título do vídeo. As gravações tinham sido feitas há seis anos, mas o Teatro Poronga, diz Lefér Guimarães, não teve recursos para fazer a edição das imagens, o que foi feito agora com apoio da Fundação Pró-Memória, que possibilitou ainda que cópias sejam fornecidas às escolas e bibliotecas públicas são-carlenses. Baiano de Salvador, Lefér Guimarães trabalha há 40 anos com cinema e teatro. Autor, ator, diretor e documentarista, atuou na década de 70 no Teatro Oficina, em São Paulo, quando conheceu a obra de Euclides da Cunha. Vive em São Carlos há dez anos, onde logo ao chegar criou o Teatro Poronga. Ele esclarece que “poronga é uma coroa de lata com uma lamparina na frente que, quando acesa, ilumina os caminhos e é usada pelos seringueiros para trabalhar na madrugada escura dentro da mata”. A maior parte das gravações utilizadas no vídeo “O Livro Encarnado”, conta o diretor, foi feita em Araraquara em 16 de junho de 2001, com Zé Celso, que fez ensaios abertos enquanto estruturava o personagem Antônio Conselheiro para a peça “Os Sertões”, montada em seguida no Oficina paulistano e que ficou em cartaz até março deste ano. Lefér Guimarães adianta que está finalizando, em parceria com Dinha da Silva, o texto de uma peça infantil, “Verás que um filho teu não foge à luta”, sobre a vida e obra de Euclides da Cunha, toda em versos, como no cordel, e musicada, para ser encenada em outubro, quando a Prefeitura dedica o mês inteiro a atividades culturais de fomento ao livro e incentivo à leitura. O escritor homenageado deste ano será Euclides da Cunha e haverá apresentações na Estação Cultura e nas Escolas do Futuro. Como Euclides viveu algum tempo em São Carlos, um ano antes da publicação de sua celebrada obra, os autores estão usando de licença poética para imaginar situações do seu cotidiano na cidade, revisando os originais de seu livro. As oficinas Oferecidas para que professores, bibliotecários e demais interessados tenham oportunidade de conhecer mais profundamente o documentário que está sendo distribuído às instituições públicas, as oficinas, gratuitas, serão realizadas no auditório da Estação Cultura, ao longo do mês de junho, em todas as tardes de sábado, sempre das 15h às 16h30, e às quartas em dois horários, das 8h às 9h30 ou das 16h às 17h30. As inscrições devem ser feitas com antecedência, com Adriana, na Fundação Pró-Memória de São Carlos (3373-2700, ramal 120). (25/05/07) |
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