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51% da construção já concluída.



ETE DEVERÁ SER INAUGURADA EM 4 DE NOVEMBRO

Prevista para ser inaugurada no dia 4 de novembro deste ano, no aniversário de 150 anos de São Carlos, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho, da Prefeitura, já atingiu o índice de 51% de sua construção total. Contratado via processo licitatório pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), o consórcio Delta Araguaia empregou cerca de 300 trabalhadores e está seguindo todos os detalhes técnico-operacionais do cronograma estabelecido.

Segundo o relatório da Serviços de Engenharia Consultiva Ltda. (Serec), responsável pelo gerenciamento desta obra, a instalação das tubulações deve ser encerrada em julho e a parte de fundações e estruturas, mais a fabricação de equipamentos, estão planejadas para serem finalizadas em agosto. O sistema viário e o paisagismo, assim como os processos de acabamentos e montagem de equipamentos, serão concluídos no final de outubro. “Além da estiagem que está colaborando com o bom ritmo da obra, temos que destacar o planejamento excelente que foi desenvolvido pela Delta Araguaia e Serec”, elogia o diretor-geral do SAAE, Eduardo Cotrim.

Como presente do sesquicentenário de São Carlos, esta estação irá melhorar todo o ecossistema da região com a possibilidade de um rio limpo e a implantação de um parque ambiental na primeira estação de energia do Estado. Englobando toda sua estrutura física e logística, a construção da ETE estará, pelos próximos cinco anos, melhorando o fluxo contábil da economia são-carlense, com a presença de obras em diversos pontos da cidade, com a instalação de interceptores e sifões, responsáveis pelo efetivo transporte do esgoto. Ao custo em torno de R$ 47 milhões, este projeto foi elaborado em sistema modular acompanhando o crescimento demográfico da cidade pelo período de 50 anos.

A primeira etapa tratará 100% do esgoto gerado no município, com uma vazão de 600 litros por segundo. Atualmente, são despejados no Córrego do Monjolinho cerca de 500 l/s. A segunda etapa deverá ser implantada em 2015, prevendo-se o tratamento de 1.000 l/s. Estimando-se uma população de 500 mil habitantes, a terceira etapa deverá ser implementada a partir de 2055, com capacidade para tratar 1.270 l/s. “A principal vantagem deste sistema é que ele reduz significativamente o custo da obra, cuja expansão está interligada diretamente ao crescimento demográfico”, enfatiza o diretor do SAAE.

Tecnologia de ponta
O processo de tratamento da ETE também foi elaborado por etapas. A primeira, concluída em 4 de novembro, terá um conjunto de ações que permite a remoção de 90% de DBO dos esgotos brutos e a produção de um efluente tratado com concentração de oxigênio dissolvido no mínimo em 7 mg/l. Em seguida, o esgoto passaria pelos reatores UASBs, flotação por ar difuso e uma pós-aeração. Os lodos excedentes serão encaminhados para desidratação mecânica, sendo encaminhados para os aterros sanitários.

Esta fase apresenta as seguintes unidades: caixa de entrada para a chegada do esgoto bruto; sistema de dosagem de soda; módulo de tratamento preliminar formado por grades grosseiras e finas; caixas retentoras de areia e gordura, reator e controlador de odores; dois módulos de UASBs composto por 4 reatores operando em paralelo; sistema para queima de biogás; unidade para dosagem e mistura rápida de coagulantes no esgoto afluente; dois floculadores mecanizados; dois flotadores de ar difuso, circulares e com remoção mecanizada; uma casa de saturação para produção de água saturada com ar necessária à flotação; uma calha Parshall para medição de vazão do efluente final; uma escadaria hidráulica para pós-aeração; três elevatórias de lodo flotado; casa de desidratação de lodos; elevatória de drenagem; uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para produzir água para uso interno da ETE; um reservatório com câmaras independentes de água potável e água de serviço; e unidades auxiliares tais como portaria, casa de operação e edificações necessárias ao sistema elétrico de instrumentação.

“Ao ser concluída, esta estação irá gerar cerca de 50 novos empregos”, informa Cotrim. A segunda fase terá a complementação de um sistema de lodos ativados após reatores UASBs em conjunto com a unidade de desinfecção com luz ultravioleta no afluente final. O lodo flotado seria continuamente recirculado para a entrada dos tanques de aeração e o material excedente seria enviado para desidatração. O sistema de desinfecção seria introduzido entre a flotação e a pós-aeração. Cada módulo será formado por um reator UASB, um tanque de aeração, um floculador e um flotador.

“Essa obra é tão importante, que além de quitar uma dívida ambiental de 150 anos, ela se transformará num dos principais motivos para atrair mais indústrias para São Carlos, gerando empregos e ativando o crescimento de nossa economia”, analisa o prefeito Newton Lima durante uma solenidade de apresentação das obras para diversas entidades e associações do município. “Além de beneficiar São Carlos, esta estação estará melhorando o meio-ambiente de toda nossa região, já que o rio Monjolinho, que recebe o nosso esgoto atualmente, desemboca em diversos municípios vizinhos”, complementa.

(18/05/07)
 
 

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