» PROFISSIONAIS DA SAÚDE SÃO CAPACITADOS PARA O USO DO LASER PDF Imprimir E-mail


Paciente em tratamento odontológico de
hipersensibilidade.Paciente com dores musculares recebe
aplicação.Médico em atendimento de paciente com
hérnia de disco.
Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura firmou uma parceria com o Grupo de Óptica – Laboratório de Biofotônica do Instituto de Física de São Carlos/USP para oferecer um curso de aperfeiçoamento a profissionais de saúde como médicos, dentistas, fisioterapeutas e enfermeiros para o uso do laser e leds na terapia dos usuários da Rede-Escola de Cuidados à Saúde.

As aulas práticas do curso tiveram início na última semana, com a capacitação de sete servidores da Secretaria Municipal de Saúde, além de interessados em aprender a tecnologia de outras cidades e Estados, sob a coordenação de professores da USP de São Carlos e assistência terapêutica a pacientes do sistema municipal de saúde em um consultório do Centro de Especialidades Odotológicas (CEO). Para viabilizar a parceria, a Secretaria Municipal de Saúde cedeu a estrutura (salas do CEO integradas com o serviço) e o Instituto de Física da USP disponibilizou os docentes e equipamento para o atendimento dos pacientes.

O tratamento com laserterapia consiste na aplicação de laser terapêutico e cirúrgico nos pacientes encaminhados ao CEO, sempre referenciado por um médico da rede ou um dentista com um diagnóstico e exames complementares, pois o laser também tem contra-indicações. Independente do curso, os usuários estarão utilizando o serviço com encaminhamento feito por cirurgiões dentistas, clínicos das unidades de saúde ou especialistas do Centro Municipal de Especialidades (CEME).

Entre as áreas atendidas por médicos, dentistas, fisioterapeutas e enfermeiras estão: Odontologia – aftas, herpes, hipersensibilidade dentinária, rânula, frenectomia, mucocele, nevralgia do trigêmio, disfunções ATM (articulação têmporo-mandibular); Fisioterapia – dores lombares, hérnia de disco, disfunção de ATM, úlceras diabéticas e varicosas; área médica-úlceras diabéticas e varicosas, psoríase, erisipela, hérnia de disco, dores musculares e articulares.

A coordenadora do curso, Rosane Lizarelli, explica que originalmente o curso de aperfeiçoamento foi aberto com 20 vagas, mas depois houve necessidade de adaptação para 30 vagas, justamente para atender uma demanda crescente de interessados. O propósito, de acordo com ela, é trabalhar com essa terapia não só de baixa intensidade, mas a cirúrgica também, experiência já desenvolvida há 10 anos na USP.

“O uso do laser e de Leds tem melhorado muito não só como coadjuvante, mas muitas vezes é a única opção de tratamento para alguns tipos de enfermidades, e vem abreviando muito a dor do paciente. É importante as pessoas saberem que existe uma terapia alternativa e desmistificar um pouco o uso de laser e de Led”, explica Lizarelli.

Entre os critérios para a escolha dos alunos do curso esteve a seleção, através da análise de currículo e entrevista, dando preferência para os profissionais que atuam em clínicas, que não estejam fazendo pós-graduação, que não têm condições de pagar um curso de especialização e também para alguns profissionais da rede, porque com a parceria havia a necessidade de se ter um espaço para fazer a parte clínica não disponível no Instituto de Física.

O treinamento de alguns profissionais da rede municipal acabou, dentro da parceria, estimulando a instalação dessa terapia junto à rede pública. A articuladora do grupo técnico de saúde bucal do município, Fernanda Gonçalves Duvra, destaca que “a aplicação do laser promove alívio de dores nas retrações gengivais (quando a pessoa toma água gelada e dói), nos casos de feridas, herpes labial, afta, acelerando o processo de cicatrização da lesão bucal, que muitas vezes tem um ciclo imunológico muito grande”.

Alternativa
A paciente Sueli Aparecida Menochelli de Souza explica que procurou pela terapia ao ser informada pela filha. “Ela disse que estava tendo o curso de laser, e como eu tenho hérnia de disco, com dor aguda, resolvi passar por aqui para fazer a aplicação. Eu já havia tentado tratamentos alternativos como fisioterapia, ginástica, caminhada, remédios, mas sem sucesso”, contou. Fernando Florez, pesquisador do Laboratório de Biofotônica da USP, reforça que “a terapia com o uso do laser promove uma melhoria na qualidade de vida do paciente sem que ele tenha que fazer uso de medicamentos ou de técnicas invasivas, reduz o desconforto e os sintomas, com efeitos analgésico e antiinflamatório sem alterar o DNA”.

Pessoas com úlceras diabéticas, varicosas, por exemplo, têm uma progressão e uma redução dessa lesão muito mais eficiente do que com os tratamentos convencionais. A freqüência de aplicação, de acordo com o pesquisador, depende muito do caso de cada paciente, mas “nós acreditamos que os períodos entre 48 e 72 horas são os mais adequados para a aplicação da laserterapia”.

Infra-estrutura
Os equipamentos de laser foram desenvolvidos pelo Centro de Óptica e Fotônica, sob a coordenação do pesquisador e coordenador do Instituto de Física da USP, Vanderlei Salvador Bagnato. Hoje, São Carlos exporta tecnologia e conhecimento para o país com liderança no desenvolvimento de tecnologias para a saúde pública e reconhecimento internacional. Vanderlei Bagnato acaba de ganhar do presidente Lula o título de comendador de mérito científico pela qualidade das pesquisas desenvolvidas no Instituto de Física da USP de São Carlos.

(27/03/07)
 
 

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