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© Pérsio Ronaldo dos Santos.
Dia Mundial da Água

ÁGUA, LÍQUIDO PRECIOSO

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, nesta quinta, dia 22 de março, comemoramos o Dia Mundial da Água. A água sempre foi vista pela humanidade como o recurso natural mais importante, por ser indispensável à sobrevivência dos seres vivos no planeta. Apesar de habitarmos em um planeta onde existe mais água do que terra, vivenciamos uma crise hídrica generalizada, em termos de disponibilidade e qualidade desse recurso natural.

Nosso planeta tem cerca de dois terços só de água. Pela lógica, parece haver água sobrando para a população, parece um absurdo falar em crise da água. No entanto, 97% da água do planeta é água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% estão em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas, está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.

Some-se a isso o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios – o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e principalmente a conscientização da população para que se evite o desperdício desse precioso recurso natural. Entre 40% e 60% da água tratada, em média, é perdida no percurso entre captação e os domicílios, em função de tubulações antigas, vazamentos, desvios clandestinos e tecnologias obsoletas.

A disponibilidade desse recurso assume uma função nobre no campo energético, pois 97% da energia produzida pelo Brasil provêm das usinas hidrelétricas. Segundo o IBGE, embora o país tenha a maior disponibilidade hídrica do mundo, cerca de 2,5 milhões de famílias continuam vivendo às escuras. Diante desse cenário hídrico catastrófico em que vivemos, a solução está cada vez mais na criação de modelos produtivos mais racionais, no combate à poluição das águas, reutilização da água, reflorestamento, recuperação de matas ciliares, tecnologias sustentáveis de irrigação, tratamento dos afluentes e o passo mais importante, a educação ambiental.

Essas saídas só poderão ser alcançadas com ações coletivas, em que todos os atores sociais se comprometam a gerenciar os recursos hídricos de maneira responsável, em um período em que a água se figura como a mais valiosa commodity do século XXI. Mediante a gravidade das crises ecológicas, que a sociedade contemporânea presencia e sente na “pele”, o Parque Ecológico de São Carlos “Dr. Antonio T. Vianna” não poderia deixar de exercer sua responsabilidade socioambiental, se comprometendo a defender essa causa nobre. Com esse propósito, essa conceituada instituição de ensino, pesquisa e preservação alerta a população: “Proteja e conserve os recursos hídricos, e aprenda a viver e a respeitar a natureza”.

Pérsio Ronaldo dos Santos
Coordenador Educação Ambiental
Parque Ecológico São Carlos

(21/03/07)

 
 

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