» EQUIPES REGISTRAM 2.500 ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA NO CARNAVAL PDF Imprimir E-mail





Além de enfatizar o início das comemorações dos 150 anos da cidade, o Carnaval 2007 em São Carlos, promovido pela Prefeitura por meio da Comissão Executiva do Carnaval, teve outros motivos para comemorar: foi mais seguro e saudável, com garantia de atendimento de urgência em saúde. A Prefeitura investiu cerca de R$ 200 mil na montagem de arquibancadas de estrutura metálica, segurança, com a participação da Polícia Militar, que implantou sistema de câmera para observação do público, Guarda Municipal, Defesa Civil, agentes de trânsito, segurança particular, ambulâncias do SAMU, praça de alimentação, banheiros químicos e som, permitindo que os foliões caíssem na folia sem transtornos ou problemas de maior gravidade.

Outros aspectos positivos foram a eficiência no atendimento à saúde da população, que pôde se divertir com uma boa infra-estrutura de atendimento tanto nas proximidades da avenida Trabalhador São-carlense quanto nos bairros. A Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou uma ambulância com equipes de socorro para cada noite de carnaval realizada nos bairros Jockey Clube, Maria Stella Fagá, Santa Angelina, Cidade Aracy, distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia e avenida Trabalhador São-carlense.

As Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) da Cidade Aracy e da avenida São Carlos atenderam normalmente a população nos cinco dias de carnaval. Na, dia 19, as unidades de saúde da Vila São José, Santa Felícia e Redenção trabalharam em esquema de plantão para pronto atendimento das 7h às 19h, reforçando o atendimento nos bairros.

Atendimento de urgência
Desde a sexta, dia 16, até a noite de terça, dia 20, foram registrados 2.547 atendimentos nas UPAs da avenida São Carlos e Cidade Aracy, uma média de 509 atendimentos/dia. Entre os atendimentos estiveram rotinas de consultas de urgência e procedimentos como sutura, curativos, inalação, administração de medicamentos, entre outros. Um dado já esperado foi o aumento no consumo de bebidas alcoólicas, já que cerca de 350 pacientes (12% dos atendimentos) procuraram as UPAs ou foram removidos pelo SAMU em estado de embriaguez.

O chefe da Divisão de Atendimento Hospitalar, Ariel Fucci Wady, ressalta que apesar do registro de 12% relacionado ao consumo de álcool, a média de atendimentos ficou abaixo do esperado, já que o normal para o período fica em torno de 20%. “Apesar do uso abusivo de álcool pelas pessoas, não tivemos registro de ocorrências com risco de morte para os pacientes. A própria regulação do sistema pelo SAMU deslocando pacientes com maior rapidez para as UPAs ou a própria Santa Casa garantiu a diversão saudável da comunidade”. Já o SAMU, registrou uma queda na utilização do serviço, com 191 chamadas para o telefone 192 em cinco dias. Foram 159 a menos que a média normal diária (cerca de 70 chamadas).

Para o coordenador médico do SAMU, Daniel Luporini, dois fatores contribuíram para a queda nas chamadas: a ausência de ocorrências graves pela melhor estrutura de agentes de trânsito e a conscientização da população e também a queda natural de demanda no período de feriado nas remoções com transporte de pacientes para fisioterapia, hemodiálise ou deslocamentos das unidades de saúde para internação na Santa Casa. “O carnaval em São Carlos foi bastante tranqüilo, sem registro de ocorrências de maior gravidade nos locais de eventos do carnaval”, explicou.

O secretário municipal de Saúde, Dirceu Barbano, enfatiza que a Secretaria Municipal de Saúde entende que os dados são satisfatórios, mas “reafirmamos a necessidade de cuidado contínuo por parte da população porque há uma associação direta das ocorrências graves com o uso abusivo de álcool, principalmente nos acidentes de trânsito”. Barbano lembra que a partir da implantação do Núcleo de Prevenção das Violências e Promoção à Saúde (projeto já aprovado pelo Ministério da Saúde) como uma das ações estratégicas de construção da Rede Escola de Cuidados à Saúde no município, a secretaria terá uma melhor estrutura para reduzir a morbi-mortalidade por causas externas e fortalecer as ações intersetoriais de prevenção das violências e promoção à saúde, estimulando a cultura da paz e qualidade de vida.

O núcleo vai permitir, por exemplo, que se conheçam as demandas de dados numéricos e circunstanciais dos homicídios, atropelamentos, colisões de veículos e outras mortes violentas, constituindo-se em uma tecnologia de intervenção social e, portanto, com possibilidade de levar o equacionamento do problema aos limites do possível. “O núcleo é importante porque nós temos que manter uma vigilância sobre as mortes ou acontecimentos violentos, identificando onde eles ocorrem e tendo uma intervenção mais efetiva. O projeto agrega ao sistema de saúde uma capacidade maior de atuação localizada em relação aos problemas que são verificados”, alerta Barbano.

Aids e DST
A Prefeitura intensificou também neste ano a orientação e a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à contaminação pelo vírus HIV. Com o slogan “Com ou sem fantasia não deixe a Aids entrar na folia – Use e exija camisinha”, a Secretaria Municipal de Saúde/Programa Municipal de DST/Aids distribuiu 10 mil preservativos com o objetivo de sensibilizar a população de São Carlos para o uso do preservativo em todas as relações sexuais como única forma de se prevenir de doenças transmitidas por relações sexuais e Aids durante o Carnaval.

Equipes utilizando camisetas da campanha distribuíram também 20 mil leques com informações educativas nos bailes da cidade e em locais de grande aglomeração de pessoas. Para a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de São Carlos, Blaranis Pauletto, “as pessoas brincaram o carnaval, mas com responsabilidade, se conscientizando da necessidade de utilização da camisinha em todas as relações sexuais, para evitar a contaminação de doenças por relação sexual, Aids e até mesmo a gravidez indesejada”.

Prejuízos da chuva
No domingo, dia 18, a Defesa Civil foi chamada para atender três ocorrências. É que um corredor de fortes ventos se formou após as 18h na região do bairro Romeu Tortorelli, causando dois destelhamentos em residências e a queda de parte de um muro sobre o telhado da casa vizinha. Na segunda, dia 19, a equipe de plantão da Defesa Civil foi acionada também para três atendimentos por conta de trincas nas paredes de duas casas e uma árvore que apresentava risco de queda. De acordo com o diretor do órgão municipal, Danilo de Almeida, “este foi um carnaval bastante tranqüilo”.

Trânsito
Vinte e seis agentes de trânsito se revezaram em escala de plantão e trabalharam durante o carnaval (14 no domingo e 12 na terça) na região onde se realizaram os desfiles, orientando a travessia de pedestres, desvios do trânsito e bloqueios. De acordo com o chefe da Divisão de Operação de Fiscalização do Trânsito, Paulo Cilas Raimundo, “o carnaval foi tranqüilo e não foi registrada nenhuma ocorrência ou acidente grave”. Os acidentes que aconteceram na cidade foram leves. Na segunda e na quarta-feira de cinzas, o trabalho dos agentes foi normal.

(23/02/06)
 
 

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