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Encontro reuniu juventude negra.



JOVENS PRESTIGIARAM O ENCONTRO E PARTICIPARAM DAS DISCUSSÕES

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social e da Seção de Combate ao Racismo e à Discriminação, realizou no sábado, dia 3, o primeiro Encontro com a Juventude Negra para discutir os desafios para a inclusão social. Participaram do evento o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Emerson Pires Leal, os secretários municipais Fátima Piccin (Cidadania e Assistência Social), Rosilene Mendes dos Santos (Infância e Juventude), Géria Montanari (Educação e Cultura) e Leandro Severo (Comunicação), além do chefe da Seção de Combate ao Racismo e à Discriminação, Paulo César Ramos.

Como palestrantes, falaram o professor Eduardo Oliveira, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro, e Silvia Helena Seixas, do Conselho Estadual da Comunidade Negra. Como convidado especial, esteve presente Marco Antônio dos Santos, vice-presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo.

O auditório do Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira “Odette dos Santos” ficou lotado de jovens negros da comunidade são-carlense. A abertura foi feita pela secretaria de Cidadania, Fátima Piccin, que lembrou que desde a criação da Seção de Combate ao Racismo, São Carlos vem se destacando na questão das políticas afirmativas. “Conseguimos muitos avanços nessa área e com a abertura do Centro Cultural ‘Odette dos Santos’ pretendemos realizar muitos eventos, inclusive abrindo espaço para outras discussões e trazendo novas exposições, fotos e vídeos para que a população conheça cada vez mais sobre a raça negra”, disse.

Rosilene Mendes dos Santos, atual secretária de Infância e Juventude, que também já ocupou a pasta da Cidadania e Assistência Social, lembrou que o trabalho realizado pela Seção de Combate ao Racismo faz parte de um programa municipal. “Temos a preocupação de manter uma política de igualdade racial. Na realidade, antes de 2001, o município não tinha nenhum programa nesse sentido. Implantamos a política de combate ao racismo e a posse do Conselho Municipal da Comunidade Negra de São Carlos mostra que esse trabalho vem avançando”, contou.

Já a secretária Géria Montanari, de Educação e Cultura, ressaltou que o município mantém um trabalho voltado para as questões étnico-raciais na rede municipal de ensino: a Assessoria de Planejamento Administrativo Educacional voltada para a Educação Étnico-Racial. O vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Emerson Pires Leal, agradeceu a presença de Eduardo Oliveira e lembrou que o professor é o autor do Hino à Negritude.

“Quando eu era vereador, em 1995, oficializamos na Câmara Municipal o hino e conseguimos fazer a reprodução e distribuí-lo em todas as escolas da cidade. É um orgulho para nós do Governo Participativo receber todas essas lideranças ligadas ao combate ao racismo. Já avançamos muito e a nossa cidade já oferece um espaço bem maior à sua comunidade afro-descendente”, destacou.

Palestrantes
O professor Eduardo Oliveira, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro, abriu os trabalhos da tarde com a palestra “A Juventude Negra e a Educação”. Oliveira afirmou que o Encontro de São Carlos “é o congraçamento das forças afro-brasileiras, é um avanço na consciência da sociedade como um todo.

“Os jovens negros, através de suas manifestações nos setores cultural, social e político, têm conseguido lugar de destaque, mas precisamos avançar ainda mais, principalmente na área da educação. Uma pesquisa mostra que a carga horária de estudo dos negros é bem menor do que as de outras etnias no Brasil. Venho aqui estimular para que a juventude negra lute contra isso, venho para estimular a afirmação das cotas, as ações afirmativas e mostrar que muita coisa já melhorou e que o importante é não desistir”, relatou. A segunda palestrante, Silvia Helena Seixas, do Conselho Estadual da Comunidade Negra, falou sobre o papel da educação formal na vida profissional e no dia-a-dia da população afro-descendente.

“Hoje temos muitos jovens que estão no primeiro ano do ensino médio e não estão alfabetizados. Precisamos discutir de que forma a escola precisa se preparar para que o jovem negro seja inserido em todo o contexto, como os professores precisam ser preparados para que os jovens tenham identidade e também possam se identificar com a escola. A juventude negra é pelos dados apresentados aquela que mais deveria merecer atenção das políticas públicas, por isso fico muito feliz de ter sido convidada pela Prefeitura de São Carlos para participar desse encontro porque é fundamental que o jovem negro tenha voz, tenha um espaço como esse para ser protagonista da sua história e da mudança da sua história”, finalizou Silvia Helena.

O chefe da Seção de Combate ao Racismo e à Discriminação da Prefeitura, Paulo César Ramos, ficou surpreso com a participação dos jovens negros. “Mais de noventa jovens prestigiaram o evento e participaram das discussões. Pretendemos organizar novos eventos neste sentido com discussões mais pontuais, como a necessidade de transformar os avanços em leis”, concluiu.

(05/02/07)
 
 

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