» HANSENÍASE TEM TRATAMENTO ESPECIALIZADO EM SÃO CARLOS PDF Imprimir E-mail


Programa é desenvolvido no CEME.Atendimento é feito no setor de dermatologia.
Nesta segunda, dia 29, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, doença causada pelo micróbio Micobacterium leprae (Bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. Em São Carlos, a conscientização sobre a doença é contínua, incluindo distribuição de cartilhas informativas para a população, além da realização de exames de triagem no ambulatório para diferenciar diabetes de hanseníase.

A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa sadia, principalmente através da respiração, durante o convívio diário, tendo como principais sintomas manchas brancas ou avermelhadas dormentes, dor nos nervos dos braços, das mãos, das pernas ou dos pés, partes do corpo com formigamento ou dormência, caroços no corpo, ausência de dor ou sensibilidade em casos de queimaduras, cortes nos braços, nas mãos, nas pernas e nos pés.

Nestes casos, a Secretaria Municipal de Saúde orienta a população para procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para esclarecimento e diagnóstico. Caso haja necessidade, o encaminhamento é feito para o ambulatório de hanseníase do Centro Municipal de Especialidades (CEME), onde o tratamento é feito gratuitamente.

Na cidade, cerca de 20 pacientes são tratados pelo Programa de Controle da Hanseníase, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Saúde junto ao CEME, que possui um ambulatório de hanseníase para a realização do atendimento médico, testes de sensibilidade e exames laboratoriais.

Uma ação importante do programa é a atividade de medicação supervisionada, que faz o acompanhamento dos pacientes para conferir se eles estão aderindo ao tratamento. Caso se identifique o descumprimento das orientações médicas, o paciente recebe a visita da equipe médica na residência para conscientizá-lo sobre a necessidade de utilização do medicamento ou até mesmo convoca o doente para tomar diariamente o remédio gratuitamente no CEME.

O programa tem uma fisioterapeuta especialista em hanseníase e uma equipe que indica até o vestuário do paciente, como, por exemplo, um calçado apropriado, já que, em função da ausência de sensibilidade, um sapato comum chega a causar ferimentos graves nos pés dos pacientes. São Carlos registrou dois casos de hanseníase neste ano. Já em 2005 e 2006, foram registrados nove casos, mas o dado positivo é que a taxa de cura da doença nesses casos foi de 100%.

Para a fisioterapeuta Mariângela Pedroso Pioto, o programa desenvolvido no município é fundamental, “pois se trata de um agravo de saúde pública e nós temos a obrigação, enquanto membros do programa, de controlar a doença com base no diagnóstico precoce e o tratamento medicamentoso distribuído gratuitamente à população”. Maria Bethânia Torres, membro do programa, ressalta que “quanto mais rápido for feito o diagnóstico, mais rápida será a cura, melhorando a qualidade de vida dos pacientes”.

Hanseníase na região
O coeficiente de detecção de hanseníase na região é 0,42 para cada 10 mil habitantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a incidência de menos de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. O coeficiente de São Carlos no ano passado foi de 0,49. A redução no número de casos se deu em função de programas que tiveram eficácia na detecção, controle e tratamento da doença. O Centro Municipal de Especialidades (CEME) localiza-se na rua Amadeu Amaral, 555, Vila Izabel, e o atendimento no setor de dermatologia é feito de segunda à sexta, das 7 às 12 horas.

(26/01/07)
 
 

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