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Projeto eco-solidário capacita jovens.

Edvaldo Brito é um dos integrantes.Produtos orgânicos.PROJETO É UMA PARCERIA ENTRE PREFEITURA E APASC

“Depois que comecei a trabalhar na horta, minha vida mudou, aprendi um ofício, sou hortelão, e com o dinheiro que ganho ajudo minha família”, conta o jovem Edvaldo Silva de Brito, de 19 anos, que há mais de um ano faz parte do projeto Eco-solidário que é desenvolvido na Horta Municipal. O projeto é resultado de uma parceria entre a Prefeitura, por meio das secretarias de Agricultura, Cidadania e Assistência Social e Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Associação para Proteção Ambiental de São Carlos (Apasc).

Os garotos são capacitados para trabalhar no manejo do cultivo orgânico. Segundo o responsável pela horta, Luis Vallilo, além do trabalho social, o projeto tem um perfil ambiental, já que desenvolve também o respeito ao meio ambiente. Na horta, eles aprendem o ofício de hortelão trabalhando diretamente na produção das verduras no sistema orgânico, ou seja, sem uso de agroquímicos. Semanalmente, são produzidas 100 caixas de verduras (500 quilos), com cerca de 20 diferentes hortaliças. A produção é destinada a algumas entidades e aos financiadores do projeto, consumidores que através da Apasc compram os gêneros.

A homeopata Elizabeth Negrette é uma das consumidoras. “Compro os produtos orgânicos há quase dois anos. Sei da importância do valor nutritivo e tinha muita dificuldade para encontrar. Estou muito satisfeita, a qualidade é ótima, tenho inclusive muitos pacientes que se interessam, mas as cotas são limitadas”, disse a médica.

Uma das integrantes da associação explica que a produção da horta é suficiente para manter pouco mais de 30 cotistas. “Mensalmente eles pagam 40 reais e semanalmente retiram a cesta, com as verduras, legumes e hortaliças no restaurante Mamãe Natureza. É sempre às quintas-feiras, das 11h às 14h, e a procura é tão grande que existe até uma lista de espera”, disse Marta Fernandes Oliveira.

“O projeto existe há cinco anos. São garotos da periferia que há dois anos estão na horta, que tem espaço e estrutura para recebê-los. Eles trabalham oito horas por dia, com o compromisso de freqüentar a escola, e em troca recebem um salário mínimo (R$ 350,00) e são registrados. Mais importante que isso é a capacitação em agroecologia”, garantiu Vallilo. Atualmente, três jovens participam, mas a intenção é ampliar esse número.

(22/01/07)
 
 

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