» PROHAB PRIORIZA REFORMA ADMINISTRATIVA E PROJETOS HABITACIONAIS NO BIÊNIO 2005/2006 PDF Imprimir E-mail


Sistema de informatização: atendimento
mais seguro e ágil. Jardim das Torres: contribuindo para redução do
déficit habitacional. Bloquetes reciclados: produtos baratos e de
excelente qualidade.
Durante os anos de 2005 e 2006, a Progresso e Habitação de São Carlos (Prohab), empresa mista da Prefeitura Municipal, procurou reformular sua metodologia administrativa e organização funcional, com a finalidade de oferecer um trabalho mais ágil, dinâmico e adequado ao seu contigente de 1.180 mutuários. O primeiro passo foi instalar o software de Gerência de Empreendimentos na rede de computadores, integrando todo o sistema de dados, tais como: cadastros dos mutuários, análises financeiras, fluxos administrativos e movimentos contábeis.

Outra importante melhoria foi a implantação de um novo processo de atendimento ao público, com bancos de espera, guichê exclusivo para pagamento e bancadas individuais para cadastramento ou solicitação de informações. “O sistema de controle era realizado através de fichas individuais, que além de dificultar a fluidez na compreensão dos dados, ocupavam um enorme espaço físico através dos armários de arquivo”, relembra o diretor-presidente da Prohab, Eduardo Cotrim.

Esse software permite um amplo processo de cruzamento de dados, que antigamente demoravam vários dias ou até meses para serem tabulados. O atual sistema de cobrança é através de carnês com a inclusão de código de barras, sendo que o mutuário pode quitar a sua mensalidade na própria sede da Prohab, bancos conveniados ou casas lotéricas. Outra vantagem reside na transferência de dados junto à Caixa Econômica Federal (CEF), sendo um serviço bem mais rápido, transparente e com raríssima chance de erro. Com apenas a informação do nome, sobrenome ou CPF, a administração da Prohab consegue reunir todo o histórico do mutuário que está sendo pesquisado.

Os antigos contratos imobiliários também estão sendo escaneados, podendo servir de base de consulta para alguma negociação futura. Com o sistema anterior de fichas, muitos dados não continham leitura legível, viviam sendo rasurados, as letras se desgastavam com o tempo, chegando por muitas vezes na ocorrência de documentos perdidos. O fluxo administrativo também foi modernizado, com a divisão dos setores melhores distribuídos e a implantação de um almoxarifado.

Recentemente foi inaugurado um anexo situado em uma casa localizada na esquina das ruas Conde do Pinhal e São Joaquim. Este espaço abriga os Departamentos de Projetos, Arquitetura, Engenharia, Obras e Divisão Industriais. Os funcionários destas divisões estavam aglomerados em uma única sala, onde a produção das atividades e o desenvolvimento de novos trabalhos ficavam prejudicados pela falta de espaço físico e logístico.

Este deslocamento propiciou maior espaço para as assistentes sociais atenderem os mutuários reservadamente, evitando assim, qualquer tipo de constrangimento. A Casa do Sol saiu do prédio da rua 13 de Maio, local onde a Prohab pagava aluguel, e se transferiu ao anexo. Além do curso para montagem do aquecedor solar de baixo custo, a população poderá usufruir vários projetos culturais, tais como: palestras, oficinas e exposições da história imobiliária de São Carlos. As paredes do casarão são todas revestidas com quadros temáticos, sendo trocados periodicamente, em decorrência da instalação de um sistema de barras. Este espaço também abrigará um almoxarifado e um refeitório.

Concretizando sonhos – Em parceria com a CEF, a Prohab participou de um detalhado planejamento estratégico, que permitiu a construção de 680 novas moradias. Inserido no Programa de Arrendamento Residencial (PAR), estas unidades foram construídas em três regiões bem localizadas do município, sendo denominadas como Residencial Jardim Torres, Condomínio Residencial De Vitro e Residencial São Carlos VIII. Estes empreendimentos beneficiam famílias com renda mensal de R$ 600,00 a R$ 1.800,00. O PAR permite que, ao final do contrato, o mutuário que manteve todos os pagamentos em dia possa optar pela compra, restando quitar o saldo residual, se houver, pagando taxas, tributos e emolumentos cartorários relativos à transferência de propriedade de imóvel. Se preferir, o imóvel pode ser devolvido ou o contrato de arrendamento ser renovado. Caso opte pela devolução, não haverá restituição dos valores pagos.

Através do Programa Imóvel na Planta, também da CEF, a Prohab está promovendo um mutirão no bairro Dom Constantino Amstalden, beneficiando 224 famílias são-carlenses de baixa renda, que habitavam em assentamentos subnormais e de enorme risco social. Foi efetuado um intensivo programa de reorganização, agilizando o ritmo das obras e sendo implantado um rigoroso controle de freqüência dos mutirantes, que podem até perder a sua futura moradia, caso não compareçam na obra. Uma parcela do financiamento deste imóvel é subsidiada pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e os mutuários terão descontos que podem chegar a 80% do valor contratado, dependendo da renda (0 a 3 salários mínimos). Com a também colaboração da CEF, a Prohab adquiriu terrenos no Santa Angelina e Amstalden beneficiando 24 famílias, que habitavam em áreas de preservação ambiental ou ocupação irregular. Estes contemplados estão construindo o próprio imóvel com recursos próprios.

Solução politicamente correta – No dia 8 de dezembro de 2006, o prefeito Newton Lima Neto inaugurou a Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil, cujo programa ambiental tem por objetivo eliminar os resíduos sólidos urbanos, principalmente os gerados pela construção civil, que são despejados em córregos, nascentes, áreas verdes e zonas periféricas. A usina recicla materiais tipo classe A, tais como: blocos de concreto, blocos cerâmicos, telhas, resíduos de argamassa e outros semelhantes. Em parceria com as empresas coletoras que alugam suas caçambas para vários empreendimentos da cidade, a Prohab instituiu o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil e o Sistema para a Gestão destes Resíduos.

Esta iniciativa permite o aumento da vida útil do aterro municipal de inertes, além dos benefícios gerados ao meio ambiente e a redução de custos para a remoção ou limpeza de locais que possuem depósitos clandestinos. Atualmente, São Carlos gera cerca de 400 toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia, originados de materiais da construção civil, capina, produtos orgânicos e tóxicos. A capacidade de produção da usina na triagem/britagem é de 20 ton/h, 8h/dia, totalizando 160 ton/dia.

Segundo estudos da Prohab, a substituição dos depósitos clandestinos pela sua reciclagem é economicamente bem mais vantajosa para a Prefeitura. O custo para remover os resíduos é de U$ 10 por m³ aproximadamente, incluindo a correção da deposição e o controle das doenças. Com a reciclagem, este custo reduz para o patamar de 25%, gerando economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais. A partir deste material é possível fabricar componentes com uma economia de até 70% em comparação aos similares com matéria-prima não reciclada. O emprego do material reciclado em programas de habitação social traz bons resultados com a redução dos custos de produção da infra-estrutura e das unidades.

Após a britagem e trituragem, os agregados reciclados são transferidos para a Fábrica de Artefatos de Cimento, que produz bloquetes, cujo produto custa R$ 0,69 por unidade. A comercialização atende uma escala de demanda suprindo, primeiramente, os órgãos e instituições públicas, tais como: fundações, escolas, igrejas, loteamentos sociais e outros afins. Em seguida será permitida a venda para pessoas jurídicas, sendo que em casos de alto estoque poderá ser aberta a venda para pessoas físicas. “Queria destacar nestes dois anos também a implantação de dois importantes cursos para a população, como o de montagem do aquecedor solar de baixo custo e o de revestidor de cerâmica”, complementa Cotrim.

(12/01/07)
 
 

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