» SECRETARIA QUER PADRONIZAR LOGÍSTICA DE ENTREGA DE REMÉDIOS PDF Imprimir E-mail


SUS de São Carlos oferece 140 tipos de medicamentos gratuitamente.

Embora em lugar nenhum do país seja possível disponibilizar individualmente todos os tipos de medicamentos para cada tipo de doença, a Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos quer fazer ajustes para melhorar a distribuição dos remédios nas unidades de saúde do município.

Entre as ações que estão sendo implantadas, constam a revisão de todo o sistema de logística de aquisição, armazenamento e distribuição para as unidades e adoção de medidas para que todos os profissionais de saúde e usuários do sistema conheçam a relação de medicamentos padronizados que estejam disponíveis no momento em que a população precisar.

Hoje a Prefeitura disponibiliza gratuitamente para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Carlos 140 tipos de medicamentos escolhidos com critérios específicos de estudo para que possam ser remédios eficazes e seguros no tratamento das principais doenças que acometem a população. Eles são referendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e outros laboratórios credenciados.

Não só em São Carlos, mas em muitas cidades do país, um dos problemas pela dificuldade de o usuário encontrar alguns tipos de medicamentos no sistema é que o médico, ao escolher o remédio para tratar determinada patologia, ou encontra uma situação onde a patologia do paciente não responde a um dos remédios receitados ou a prescrição de um medicamento específico não é compatível com a lista definida pela Secretaria Municipal de Saúde.

A secretaria está trabalhando no sentido de tornar pública a lista de medicamentos, com uma portaria instituindo a relação dos medicamentos padronizados e afixando em todas as unidades de saúde banners onde vão estar indicados para cada tipo de doença os medicamentos que estão disponíveis.

Para o secretário de Saúde Dirceu Barbano, além da mudança administrativa e técnica “é preciso saber acolher o problema do paciente encaminhando junto ao profissional médico a melhor solução: manter ou substituir a prescrição, sempre disponibilizando o máximo possível de informação à equipe médica para que eles possam utilizar de fato os medicamentos disponíveis na rede municipal”.

Sobre as eventuais faltas de medicamentos, Barbano ressalta que “primeiro é preciso saber se o médico prescritor é da rede pública. Na rede publica só se atende o receituário gerado na própria rede. Nos caso de paciente que precisa de um medicamento específico que não conste da relação, dependendo de cada caso e da justificativa do requisitante, a secretaria faz a compra do produto”.

Em 2006, de acordo com a secretaria, foram gastos R$ 700 mil apenas na aquisição de remédios, fora os R$ 4 milhões gastos na compra dos medicamentos de rotina.

Solicitação do medicamento – A solicitação deve ser feita na própria unidade de saúde onde o paciente fez a consulta, porque fica mais fácil identificar as demandas localizadas de cada unidade ou prescrição médica. A secretaria orienta para que os problemas dos pacientes sejam resolvidos sempre na unidade de saúde mais próxima da residência do usuário. Nos próximos meses não haverá mais dispensação de medicamento para quem receber a receita numa unidade e pegar o remédio em outra. Algumas unidades já trabalham com este sistema.

A padronização deste procedimento deve acontecer em 90 dias com a capacitação de todos os profissionais que estão nas farmácias da rede municipal e para os médicos em relação à prescrição dos medicamentos. Enquanto isso, a secretaria vai intensificar a divulgação da lista dos 140 tipos de medicamentos que são fornecidos gratuitamente no SUS, hoje de conhecimento apenas dos profissionais de saúde.

“O paciente precisa saber, por exemplo, que existem oito tipos de medicamentos para tratar a hipertensão e perguntar ao médico por que não está sendo receitado um medicamento que conste da lista afixada nas unidades de saúde”, explica Barbano.

Além de a Prefeitura ter transparência na compra de medicamentos por processo de pregão eletrônico, gerando economia de recursos aos cofres públicos, a quantidade normalmente é planejada para abastecer o almoxarifado central por um período de 6 meses, garantindo que o estoque seja suficiente para abastecer as unidades de saúde do município.

Agilidade na entrega – A secretaria quer aprimorar também a entrega dos medicamentos nas unidades de saúde, já que muitas vezes a logística de distribuição é deficiente, chegando a ter medicamentos em uma e faltando em outra, apesar das Regionais de Saúde terem veículo próprio para buscar os remédios.

Para isso, foi apresentando inclusive ao Ministério da Saúde um projeto solicitando R$ 150 mil para adquirir 2 furgões que serão utilizados para agilizar e garantir a entrega dos remédios em todas as unidades de saúde.

(09/01/07)